quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Uma nota sobre o Amor!

Não é sempre que as pessoas resolvem falar sobre amor. É um assunto complicado, amplo, que cada um interpreta de uma forma. Bem, aqui vai a minha forma de ver o amor, e um relato sobre o que estou passando. Hoje fazem aproximadamente 6 meses que beijei a quarta pessoa da minha vida. A quem eu atribui tanta confiança, e acreditei que poderia ser a última, e que a busca terminará. Acreditei fielmente nisso e fui pego pela minha crença cega. No doce sabor do amor tudo fica meio surreal, e você acredita que quando uma pessoa diz que ela é diferente, ela realmente o é. Acreditei então, que estava diante de alguém que queria algo sério, de que gostava mesmo de mim, que me prometeu me fazer feliz ainda por MSN, antes mesmo de estarmos juntos. E fez, e ainda faz... mas se recusa, agora, a continuar com isso. É dito então: "O amor acabou". Palavras essas que doem tanto. Ao longo de tantos meses eu me dediquei, eu sofri, eu mudei, eu aprendi acima de tudo, aprendi a respeitar, a confiar, e acreditar, e me importar. Eu compartilhei momentos das mais diversas formas, e dividi minha vida sempre imaginando o futuro juntos. Viagens, eventos, datas festivas, podia ver como seria, daqui 20 anos, os dois juntos em algum lugar tranquilo compartilhando a rotina do dia a dia. Sonhava todos os dias em poder acordar de manhã no nosso quarto, ver o sol nascendo pela janela, olhar a pessoa que amo dormindo, lhe fazer um café, beijar-lhe a testa, e dizer "bom dia" em seus ouvidos. Sempre que as coisas ficavam pretas pensava isso, é tudo uma fase, eu evolui bastante, estou no caminho certo. Ás vezes me sentia destruido, pisoteado, ignorado. É ruim sentir isso, mas erguia a cabeça e pensava, paciência, você precisa ser paciente. Eu já aguentei tantas dores na minha vida, dores que até hoje ainda me tiram forças preciosas, mas nunca desisti, sempre ergui a cabeça, seja pegando a bicicleta e andando 100Km sem parar, seja arriscando as probabilidades de sorte e entrando na USP, conseguindo, não apenas mudar para cá, como ainda morar e comer, e ainda arrumei um emprego. Sorte no jogo, azar no amor. Então é verdade? Sempre tive sorte na minha vida, ela sempre foi gentil comigo, mesmo o mundo sendo uma porcaria e todas as coisas erradas a minha volta, a vida sempre me trouxe suaves presentes para me manter na estrada. Mas e no amor? Vejam ao meu redor... alguém se importa? Olhem para esse blog... alguém o lê? Sou uma pessoa isolada, rude, rabugenta, ingrata e mimada. Anseio tanto por amor, porque a mim ele não é concedido. Ninguém é capaz de amar tão criatura, era assim antes, é assim agora. Fui tolo em achar que achará alguém, que havia encontrado uma pessoa que realmente gostava de mim... triste desilusão a de pensar que não... mais triste ainda a sensação de que, se nem alguém que pode me suportar por 6 meses conseguiu, ninguém mais conseguirá... Mas... não consigo deixar de imaginar, que, mesmo que alguém consiga, parece não importar, porque não queria outra pessoa nesse mundo senão ele. Alexandre Fernando Azevedo Souza... Afas como conheci, Afinha como o chamei, mozão como o mimei, mor como o tenho. No dia 12, do dia dos namorados, fui inusitado, fui exagerado, pedi ele em namoro. Conhecia-o a praticamente 2 semanas. Para meu espanto ele aceitou, mesmo depois de já ter mostrado a ele meu lado neurótico, ele aceitou. Posto assim o filme do Woody Allen em nossas piadas pessoais. Por meses vivi o desafio de aceitar uma pessoa completamente diferente de mim, e a olhar o mundo pelos seus olhos. Aprendi a aceitar a realidade, aprendi a controlar os nervos, a ceder as emoções, a surtar menos, a amar mais, a aproveitar os momentos, aceitar propostas... eu aprendi muito... ele me mudou muito... ao longo desse tempo vi tudo entrando nos eixos... continuei vendo meu futuro ao seu lado... partilhar do seu aniversário, que está tão próximo, partilhar o meu com ele, ter um fim de ano, que os dois detestam, e até quem sabe umas férias, um momento nosso, puro. Lhe dei presentes, lhe fiz promessas, lhe abri o coração, a alma e a vida que eu guardava tão egoistamente para mim. Destroi o Rodrigo antigo, depositei toda minha fé no novo, naquele que não mais era sozinho, naquele que tinha alguém para seguir adiante. Não se trata de estar pronto, ou de ser a pessoa certa... se trata de amar tanto quando eu já pude amar, e acreditar que nenhuma visão sistemica possa abalar a inevitavel verdade de juntos para sempre. E foi assim, que fui construindo nos pequenos momentos uma felicidade verdadeira, forte, inquebravel... seja num beijo no cinema, num toque no onibus, numa frase, num abraço numa noite escura, numa msg num dia sem vida... acreditei até o último segundo... que tinha o seu amor... mas... o para sempre, sempre acaba? Quem foi o maldito que teve essa idéia afinal? Da forma mais cruel que pude sentir, ouvi as palavras que não queria aceitar... "eu não te amo mais", "eu não quero mais ficar com você"... dito sem vida, por palavras virtuais, sem propósito, sem uma saída. Se ao menos pudesse olhar em seus olhos... a inevitável sensação... o que eu fiz de errado? Por dias estava suportando da melhor forma possivel sua distancia, estava buscando da melhor maneira possivel ajudar em seus problemas, até o fim eu lutei para ser o que eu tinha de melhor... mas o que recebi? Senão a desistencia... e o que pior, senão isso? Se alguém, alguém que realmente acreditou em você, desisti... então quem irá acreditar? Nem meus pais mais acreditam, meus amigos se encheram (até você Marcia, que muito agradeço por estar me apoiando)... mas eu ainda acredito em mim... eu ainda acredito... se algum dia eu pude despertar o amor em alguém... não posso eu mante-lo? Não posso ser tão tolo a ponto de não consegui-lo... ele me disse tantas vezes o como também nos via juntos para sempre... ele me fez vislumbrar tão cristalinamente um futuro juntos... é correto alguém dar e nos tirar de modo tão abrupto? Talvez a morte seja mais tolerante que o fim... como eu poderei continuar a viver, sabendo que a pessoa certa está lá, respirando e andando, e se permitindo se isolar... todos podem se isolar... eu respeito... mas... e quando o isolamento acabar? E então? Como eu ficarei? Perdido? Sem chance? Como posso suportar?... então o amor se revela para mim. Ele mostra que talvez as coisas sejam assim, como são... as canções tomam forma, os filmes fazem sentido, e todo o sofrimento do mundo se resume a isso... pode parecer covardia, pode parecer golpe baixo... mas não estaria aqui se não estivesse colocando para fora o que eu sinto realmente... meu coração fica pequeno, minha mente se abstrai, meu corpo desfalece... e meus olhos... como bons meninos que aprenderam a lição, não derrubam lágrimas, porque o amor que tive me ensinou que chorar não adianta, e não resolve... então o choro fica reservado, fica contido, esperando a dor maior... a dor que me seguro para não chegar...
Se pudesse... nesse momento... um único desejo... seria voltar no tempo... e não consertar nada... apenas congelar os momentos bons e passar minha vida apreciando eles... porque não tenho dúvida... que são eternos...
Por mais doloroso que seja escrever tudo isso... e pensar em tudo isso... aqui está, e aqui ficará, como mais um dos momentos da minha vida... momento esse... que para sempre vou lembrar como o que encontrei o amor, e o perdi... para sempre te amarei Afinha... por toda minha vida... eu vou te amar...
Perdoe essa pobre alma por não ter forças para suportar como um adulto a única solução...
O meu erro foi crer... que estar ao seu lado... bastaria... ah meu deus, era tudo que eu queria...
Mas não pude... sinto tanto...
Sinto muito... e muito fica...
Sua pele, seus olhos, seus beijos... não posso esquece-los...
Enfim...
Te Amo!
Te Amei!
Te Amarei!
...fim...

domingo, 23 de novembro de 2008

O post não postado!

Exato, muitas coisas seriam ditas aqui, como antigamente.
Passariam coisas de todos os tipos, envolvendo todos. Indaiatuba, São Paulo, Fuvest, relacionamentos familiares, impessoais, amorosos. Havia tanto a ser dito... mas tudo se calou... e o post, não se formou.
Peço desculpas.
Aguardem com fé que um dia algo virá para trazer o que esse blog sempre trouxe. O absoluto nada.
Boa Noite e Boa Sorte.
PS: 42.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

I'm Still Alive!

Não adianta, ultimamente ando com meu ego inflado...
Ainda sou emo depressivo... mas agora eu sou O emo depressivo...
Acabei de ler o que escrevi no último post... e putz... eu gosto do que eu escrevo... é sempre tão bem dosado... pelo menos para mim... acredito que passo bem meus sentimentos para o papel(?)...
Mas infelizmente ando gastando toda minha capacidade literária com textos de relacionamento... que nunca dão em lugar nenhum... percebi que fato crucial para ser um escritor é não amar nem ser amado... ou então amar e ser muito bem amado...
Enfim, pelo sim pelo não, eu até gostaria de ficar mais aqui... porém dormi mal, e ainda tenho que fazer um relatório, então, vamos aproveitar o tempo que resta...
Até mais...
E a todos um bom fim de ano! =D

terça-feira, 5 de agosto de 2008

As vertentes da realidade

Primeiro eu gostaria de enfatizar que eu já até tinha esquecido que tinha atualizado o blog ontem a noite. Mas devido aos comentários recebidos em meu e-mail eu lembrei e por causa disso vou postar nele.
Gostaria de começar falando sobre o fato de fazerem 4 meses que estou afastado desse blog. Meu último post falava sorbre as mudanças que eu havia sofrido desde minha mudança para São Paulo. Pois bem, não sei dizer se mudei mesmo. Talvez tenha me acostumado com meu novo eu, mas no fundo eu sinto que continuo o mesmo, e o mundo em minha volta, tão tristemente não mudou também.
Estou onde queria estar, conhecendo as coisas que queria conhecer. Porém não tem o gosto de futuro que eu sentia a 1 ano atrás. Não posso dizer que simplesmente posso voltar a viver minha vida de antes que não iria fazer diferença. Isso é algo impossivel. Adquiri uma semi liberdade e independencia que preciso trabalhar para formar meu futuro. A parte complicada é que eu não sei qual será meu futuro. O primeiro grande passo em direção aos meus sonhos era justamente morar em São Paulo e começar uma faculdade. Estou em São Paulo, numa situação confortável de comida e moradia gratuitas, estou cursando numa universidade renomada. Mesmo assim, isso não está sendo tão bom quando deveria. Inclusive o plano de treinar ciclismo está sendo levado adiante. De vez em quando apenas, é verdade. Mas ir para Interlagos de bicicleta as 9h da noite num sábado foi uma experiencia que trouxe uma boa visão de o que é pedalar numa cidade grande. A questão é que não consigo entender o motivo dos meus outros passos... o primeiro que eu dei já pisei na lama ao invés de pisar numa grama verde e macia. As coisas boas que aconteceram até agora não parecem tão boas como eu gostaria. Tudo é demoniacamente complicado e sistematizado. Quando mais perto você tenta estar da Liberdade, mas longe você fica dela. A não ser que vá para Manhattan e vá visitar a estátua.
Mas enfim...
Morar numa cidade com milhões de habitantes e ainda sim ter uma egoista certeza de que você é tão somente único quanto jamais foi pode assustar.
Os lugares que frequenta são repetitivos. As pessoas que se relaciona são repetitivas. Seus próprios pensamentos são repetitivos. É o sentimento de estar em algum lugar para chegar a lugar nenhum.
Você olha para trás e vê apenas uma variação engraçada de tudo que está vendo atualmente.
O mundo não muda. Nem você.
E como eu não mudo, não mudei, nem mudarei jamais, me parece certa a idéia de me render ao que gosto de fazer em qualquer realidade que esteja vivendo. Escrever.
É por isso que decidi fazer Letras no fim do ano, e espero que eu consiga.
Enfim... cansei de falar aqui...
Quero assistir Nome Próprio.
Vou organizar meu quarto, lavar roupa, separar os papéis do Coseas, bandejar, etc e tal...
E é isso ae.
Sem mais nada a dizer.
Um dia volto com algo mais concreto.
Talvez pedra ou um tijolo.
Até mais ver.

Alive... It's Alive!

Sim... existe uma possibilidade desse blog reviver... só uma possibilidade... =P

terça-feira, 4 de março de 2008

Irreversível

Titulo de um filme... e também titulo da minha vida...
Sim... recomendo esse filme, que é francês e de 2002... porque é bem interessante e forte... assisti aqui no CINUSP, que está tendo um festival só com filmes com temática violenta... esse filme é muito bom no que pretende... mostrar, como diz na frase final, que o tempo destrói tudo... ou, sendo menos péssimista, no mínimo que o tempo muda tudo... sempre... o filme segue de trás para frente e isso pode parecer meio batido, mas o ele faz de um jeito muito bom... muito natural... os planos longos das cameras que nos deixam completamente enjoados são de tirar o folego... além das cenas de sexo explicito numa boate gay, e da camera fixa e imovel na cena do estupro, como querendo culpar o espectador por só poder olhar e não fazer nada... realmente divino... foi um filme que me ajudou muito porque estou numa fase onde o tempo e as mudanças que ele causa são de proporções indescritiveis...
Vejam vocês, por exemplo... essa última semana... lembram de como eu era?
Pois é... eu não lembro mais...
Em apenas 1 semana eu já vi metade do Rodrigo antigo ir embora... as coisas novas que fiz, as pessoas que conheci e as atitudes que estou começando a me esforçar para tomar me fazem ser diferente... não quero mais calar, não quero mais aceitar, não quero mais ter medo... e cada dia eu sinto que estou sendo levado a um caminho diferente...
O tempo... ele realmente é um enigma...
Eu falaria mais sobre mim, sobre a semana, sobre as novidades, sobre as coisas que fiz ou vou fazer... mas isso seria o outro Rodrigo...
O de agora só está aqui para dizer que esse blog acabou... morreu...
Esse é o último post que escreverei pelo menos nos últimos meses...
E, para comemorar, ou não, irei reativar os comentários... afinal, considerando o tempo que poderei ficar sem voltar aqui, quem sabe tenha comentários quando retornar...
Se não tiver, ok... assim será...
E que um dia vocês possam conhecer o novo Rodrigo...
E que um dia eu possa saber quem é ele...
E que um dia o irreversivel possa ser reversivel...
E é isso...
Goodbye everybody...
I got to go...
Bohemian forever...
Adeus e obrigado pelos peixes...
Boa noite e boa sorte...
Que a força esteja com vocês...
Good Night and Good Luck...
Au Revoir...
That's All Folks...
Adeus...
Tchau...
Byebye...
Fui...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Quem Sou Eu?

Eu tenho mesmo medo dos números. O post passado que foi mesmo importante para mim foi nada mais que o post de número 77. Duas vezes o 7. Que como todos sabem é um número cheio de significados. Mas enfim, não estou aqui para falar de números.

Hoje achei um .txt de uma coisa interessante que fiz, vários Quem Sou Eu que escrevi no orkut, e fui salvando nesse txt. O primeiro eu perdi, mas tem bastante coisa nele. Acho que é uma boa forma de definir quem sou eu. No meio de tanta confusão tem bastante idéias e coisas que até hoje se mantém na minha cabeça. Então vou dividir aqui tudo em segmentos. Espero que lhe ajude a entender quem, afinal, sou eu.
(Obs: Juro que não percebi que tinha 7 partes... ainda mais sendo a última e sétima parte tão importante... o.O)

Segmento 1:

Sou como todos os outros, um ser humano com tele encéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, mamifero, e só, mais nada... odeio esse tipo de pergunta... ¬¬... "Eu não sou fruto da normalidade obrigatoria"...

Vamos a "segunda parte"... acho que ninguém leu aquela primeira mais tudo bem... descobri que cabe pouca coisa pra escrever aqui...
Tecnicamente vou escrever algumas coisa que já escrevi antes... mas outras não...
To ouvindo musicas andinas... e isso anda me "sustentando" espiritualmente ultimamente... Ainda mais El Condor Pasa. A vontade de ir para Machu-Picchu só aumenta... mas, só vou se for de bicicleta e não tem jeito... ^_^
Ontem, ou melhor, deixa sem data porque ninguem vai ler isso hoje, eu vi Munich, na estréia. O filme é muito bom, eu gostei, e me faz pensar sobre a violencia gratuita de nosso mundo, que nenhum lugar desse globo gigante esta livre. É quase que desanimador o filme. Mas, como diz o Sam no Senhor dos Anéis, existem coisas boas nesses mundo, das quais vale a pena lutar. Lutar nesse sentido seria de viver, não lutar, com armas e espadas, mas lutar pela sua propria vida, para ter forças e acreditar que viver ainda é algo bom no mundo atual.
Pois é, eu disse que o filme tinha sido bom. Fiquei bem filosofico depois que sai do cinema... hehe
Enfim, que poxa, eu vi a primeira versão extendida do Senhor dos Anéis com as duas estatuas dos Reis antigos por 30 dolares no Amazon, ou coisa assim, que merda, preciso de um emprego, e de um cartão de crédito internacional... =P
Mas tudo bem, eu não vou ficar gastanto com isso também né, se bem que queria... ^^
Mas com as musicas andinas que ando baixando ultimamente o que mais quero mesmo e me preparar e comprar a bike pra ir pedalando feliz da vida até Machu-Pichhu...
Bom, eu sei lá... minha mente anda meio sem sentido... não sei mais o que eu quero mesmo.. cada dia acordo querendo uma coisa... isso é chato... ou não... percebi que definir objetivos e correr atrás deles pode se tornar cansativo e chato, é mais interessante estar aberto a novas possibilidades... Bom, eu não sei até onde posso escrever, devia ter o contador aqui...
Mas já vou parar... senão não cabe...
Obrigado pela paciencia de ler mais uma edição de "Quem sou eu" ^^
Tchau and...
May The Force Be With Us All

Segmento 2:

O.K... Vamos lá... mais um...
Depois de ir ver Munich mais uma vez percebi que o filme realmente é bom. Gostaria que ganhasse melhor filme, mas como não vi os outros ainda...
Falando nisso, vamos falar sobre Oscar.
Ontem assisti Wallace & Gromit e a Batalha dos Vegetais, um dos filmes que concorrem na categoria melhor animação, e, mesmo sem ver o Castelo Animado, acho que Wallace merece e deve ganhar, A Noiva-Cadaver é bom, mas não tanto, e o Castelo Animado, eu já imagino ser o mesmo estilo da Viagem de Chihiro, mas mesmo assim vou assistir antes do dia 5 de março. Outra categoria que já posso opinar é Efeitos Especiais, assisti os 3, e, nessa, realmente acho que King Kong merece, e muito, ganhar, afinal os efeitos do filme são ridiculamente fantasticos. E, claro, a categoria de Trilha Sonora. Onde me surpreendi com a indicação do Jardineiro Fiel, que para mim foi uma composição bem simples. Aqui torço para Brokeback, gostei do trabalho do Santaolalla, mas também acho que Memorias de uma Gueixa tem grandes chances com o John. Do resto, eu quase não assisti nada dos filmes indicados, logo, tenho um mês para ver tudo... ^^
É, vai ser foda... mas vai-se indo... hoje assisto A Marcha dos Penguins, com audio original em frances logico, e amanhã assisto Crash... e espero que o cinema daqui passe Brokeback...Ai só fica faltando Capote... hehehe, pelo menos de melhor filme...
Enfim, estou tentando traduzir a legenda em espanhol do Ringers: Lord of the Fans... putz, que merda, não achei versão traduzida e nenhum infeliz que traduzise, eu não sei espanhol, mas tambem não é tão dificil, ai misturo o ingles do audio com o espanhol e tento alguma coisa, porém, só comecei, fiz 50 linhas de falas, de cerca de 1500... fazer o que, é um documentario... Mas fala muito de Lord of the Rings, compensa traduzir... vou ver se pego um dia pra ficar fazendo isso...
Devo dizer também, sobre o Oscar, que fico triste do Meirelles não ser indicado como melhor diretor, mesmo que não ganhasse, mas pelo menos podia estar no meio, realmente uma pena...
Mas o que é uma pena mesmo é a Globo passar o Oscar, nossa, estou até imaginando, eles vão fazer igual ano passado, vão cortar a abertura da cerimonia por causa do BBB... CACETE, Se isso acontecer de novo eu jogo a TV pela janela... Globo fdp do caralho... emissora lazarenta... AHH, que odio... mas fazer o que...
Vou tentar ver o Oscar em outro lugar, mas é impossivel... ¬¬
Eu fiz um comunidade pra musica El Condor Pasa e ninguem entrou... =(
Que droga... estou ouvindo bastante Yann Tiersen também... e esses dias ouvi Rhapsody, nossa, a quanto tempo que eu não ouvia... huahauhau... preciso ver se tem alguma coisa nova deles...
Mas nesse momento estou ouvindo a trilha do Pride & Prejudice, e começo a ver uma certa chance dela ganhar... quem sabe, de certa formas são todas boas... sei lá
Aiai... mas então, dia 6 volta as aulas... putz, to fudido, ir e voltar de bike... hehehe... mas é o jeito, afinal, não posso ir atrás de um sonho se... oras... não ir atrás... hehehehe...
Pedala... ¬¬...
Enfim, o duro vai ser aguentar a Ana Maria... :P... hehe...
Mas tudo bem, tenho 3 livros pra ficar lendo durante essas aulas, então eu vou ter o que fazer lá na FIEC só pra variar... =/
É, acho que não estou tão inspirado hoje... na verdade não tem muito o que falar mesmo... vi uma foto de satelite de Machu-Picchu e me assustei, visto de cima é tão insignificante... hehehe... Mas sei lá...
É só isso mesmo...
Esse é o fim do "Quem Sou Eu: Parte 3"
Obrigado por ler até aqui.
Ao sair feche a porta e apague a luz
Au revoir

Segmento 3:

Olha eu de novo aqui... Devia estar passeando por ai nesse domingo chato, mas ainda está um sol muito quente pra sair de casa...
Então... o que falar agora, na quarta edição do Quem Sou Eu... vocês ainda não entenderam quem sou eu caramba?
Enfim...
Ontem eu fui ver o Brokeback Mountain no Kinoplex. O que dizer do filme? Sei lá, qualquer coisa, menos que eu acho que ele mereça ganhar o Oscar, tão pouco que ele mereceu o Globo de Ouro... sei lá... que filme estranho... Então, como conclui a lista de Melhor filme e diretor, já posso opinar, quem vai ganhar? Brokeback, ¬¬... Quem eu queria que ganhasse? Munich, nos dois, apesar de achar que o Clooney fez um bom trabalho como diretor no Good Night and Good Luck... mesmo assim, acho que essas duas devem ser do Spielberg, mas não serão... Brokeback ganha... fazer o que...
E também terminei com Animação Longa... Wallace & Gromit realmente, o Castelo Animado é bom, mas não tanto... sei lá...
Trilha acho mesmo Brokeback (pelo menos isso o filme presta)...
Enfim, ontem também foi legal, porque comprei uma miniatura da espada usada pelos espectros do anel, muito legal, fiquei mó feliz com ela... hehehe... e ontem assisti 3 filmes: Mindhunters, Houve Uma Vez Dois Verões, e o Brokeback...
Eu gostei do Houve Uma Vez Dois Verões, até onde sei, o primeiro trabalho de Jorge Furtado em longas. A história é interessante, diferente, não tem censuras com os dialogos, é bem diferente e criativo, gostei mesmo, alguma coisa boa brasileira pra variar... ^^
Bom, mas amanhã começa as aulas... aiaiai... que droga... e que bom ao mesmo tempo... sei lá... confuso...
Bom, esse vai ficar mais curto, porque preciso scanear um papel pro meu pai e depois dar umas volta no bairro... to precisando acho...
Mas tudo bem... Quem sabe da proxima vez tenha coisas mais interessante pra falar...
Adios amigos...
Fiquem com Merlin

Segmento 4:

Humm... qual é esse mesmo? Sei lá... então... parabéns, você está lendo mais um Quem Sou Eu... aja paciencia com esse cara chato...
Bom, as aulas na FIEC voltaram.. primeira semana de aula... duas faltas... uma matei aula, e a outra faltei ontem, sexta, porque estava chovendo e eu já tava com tudo quanto é roupa molhada... mas quem liga...
Esse semestre iremos aprender Dreamweaver, quem sabe, ai posso fazer um site falando essas asneiras todo dia... :P...
Tirando as aulas, e o Pneu furado da bicicleta, e sei lá mais o que, a outra coisa legal foi que eu aluguei 5 filmes... eu não estou fazendo muito sentido né?
Sabia que não devia ter cheirado aquele pózinho branco... hehehe
Então, aluguei Menina de Ouro, Batman Begins, O Aviador, Sideways, O Clã das Adagas Voadoras. E depois minha irmã também alugou o Penetras Bom de Pico... não assisti dois ainda, Sideways, e o Clã... mas o resto já vi, e gostei bastante... foi uma boa seleção... e tem mais alguns pra assistir... mas desses eu não vou falar porque eu baixei, e pirataria é CRIME... AHHH... QUE MENINO FEIO...
Hehehe... num tenho culpa que o cinema daqui num passa e a locadora ainda num tem... :P
Enfim... foi bom dar uma parada nos concorrentes do Oscar... mas daqui a pouco volta de novo... hehehe
Eu não vou falar de todos os filmes porque estou com preguiça...
Eu também to terminando de ler "A Vida, O Universo, e Tudo Mais"... mesmo apesar do livro ter molhado com a chuva de quinta... :'(
BUAAA...
Aff... realmente to sem paciencia hoje... vou mudar a foto...

Segmento 5:

Olá terraqueos... vim aqui novamente mudar esse "Quem Sou Eu"... porque... afinal... quem sou eu? Quem é você? E quem é aquele cara estranho sentado do lado da morena num banco em Paris? Ou melhor, quem é aquela morena??? Ah, quantas complicações...
Enfim... Estou baixando Memoirs of a Geisha, e ouvindo Simon & Garfunkel... sim, sou obrigado a baixar porque não passa de jeito nenhum no cinema daqui... isso é tão revoltante... eu vi Syriana... caramba, politico é pouco... mas é boa a historia... sei lá, ela consegue fazer o que nasceu pra fazer... pensar, raciocinar, é isso que exije do espectador... mas ainda falta muitos filme pra ver até dia 5... nem tinha percebido, mas falta bastante mesmo... aiaiai... e tem 3 filmes que eu quero ir no cinema... :(... droga... vou ter que torrar meu dinheiro... maldade... tenho que deixar pra ir na quarta, mas não posso faltar no CEPIN de novo de quarta... o vida... acho que vou na segunda, depois, na terça, depois na quarta... ai eu vejo os três... ^^... quem sabe, depois eu faço melhor as contas...
Hoje vou ver A History of Violence, e depois ver o The Weather Man, ou Zathura, quem sabe, isso eu vou ver hoje aqui em casa... hehe
Já saiu o Final Destination 3... mas a qualidade dos CAM ainda está muito ruim, então vou esperar... é mais pra minha irmã, mas tambem estou curioso pra ver esse filme...
Aiai...
Que dor malvada nas costas... enfim, desisti de cancelar o Orkut, até que teve bastante recados essa semana, e até uma pequena movimentação nas comunidades que eu fiz... então tudo bem vai, vamos arrastar essa coisa inutil por mais um tempo...
Droga, tenho que ir almoçar agora, e depois abrir o dreamweaver pra atualizar o site com os dois ultimos filme que vi... saco não saber php, asp, e afins...
Mas quem liga?
O universo nada mais é do que vários calculos improvaveis e mal calculados por criaturas igualmente mal feitas em proporções de pura inutilidade existencial... hauhahau
Isso tem a ver com a foto... o Douglas N. Adams, ou, DNA... hehe... esse cara é foda... to quase acabando de ler a "trilogia de quatro" do Guia, queria ler mais coisas dele...
Mas então, o jeito é ir indo.. ir indo... e ai eu fui... e fui fondo...
A grande graça da vida não é a vida em si, mas é estar nela... :p... sei lá, queria falar qualquer coisa com sentido provocativamente interessante, o que, obviamente, não existe nessa frase...
Ah, chega de asneira e vai lá deixar um recado pra mim...
Você precisa me amar... ^_^
Desejo a todos um Feliz Halloween... e feliz Ano Novo também... e, porque não, Feliz Aniversário...
Eeee... parabens...
Chega, tá aqui ainda... num tem nada mais util não? Não? Ah, então blz... mas agora acabou mesmo
Byebye
And... Don't Panic...
Flws

Segmento 6:

Mas antes de tudo, porque sou eu?
Estranho. Não sei. É tudo relativo. Ação e Reação. Estou alienado ao meu próprio mundinho alternativo. Seria isso melhor que se alienar coletivamente ao mundo atual? Ou seria a mesma droga de vida mediocre? Quem se interessa... Nem mesmo eu me interesso por tal inutilidade. Se a vida é tão boa, porque ela acaba? Se a morte é tão ruim porque ela é inevitável? Se o amor é bom porque ele machuca? Se o odio é ruim porque ele alimenta? Tudo relativo, tudo ao contrário, tudo exatamente o oposto do que se acha ser. Nada é o que parece, e tudo parece o que realmente é, ou seja, qualquer coisa diferente do que se pensou ser.
É tudo meio esquisito quando se para pra pensar. Eu é que sou louco e chato? Ou todos é que são preguiçosos de mais para ver o que eu vejo? Ou pior, todos veem o que eu vejo, mas preferem ignorar o fato como um simples POP? As vezes penso, sou maluco? Sim? Não? Que seja, todos vivem falando dessa palhaçada de todos os seres são unicos, então, porque seria tão ruim para mim ser unico.
E porque as pessoas insistem em achar que estão sempre certas? Porque um ser ignobil cria uma regra, e todos tem que aceita-la sem questionar. Se alguém diz que eu devo simplesmente pensar que o Brasil está uma maravilha, eu devo pensar assim e pronto. Se alguém diz que eu preciso ter tal atitude, eu preciso te-la e pronto? Como assim? Porque? Porque um ser decidi que aquela é a atitude certa, que é ela que se enquadra na sociedade, e simplesmente todo mundo aceita? E então eu tenho que aceitar também para não ser "rejeitado". Até quando vou ter que ouvir: "Eu também não gosto, mas são as regras"... PERA AI... COMO ASSIM? Se alguém não gosta porque faz? E eu que sou louco? Milhares de pessoas vivem se decepcionando na vida, sendo conduzidas por regras e etc sendo infelizes, sendo controladas, manipuladas, e eu que sou louco por não querer isso? Quem disse que arrotar depois de comer é feio? Porque eu preciso de um horario de almoço, e porque ele tem que ser meio dia? Por que razão todas nossas atitudes atuais são as corretas? Porque? Alguém me responde isso. Até hoje ninguem deu uma resposta satisfatória, é sempre a mesma ladainha de sempre. Será que ninguém vê mesmo o que eu vejo? Pensa o que eu penso? Isso cansa...
Essa humanidade...
Esse pensamento...
Essa alienação...
É tudo ridiculamente patético...
Mas tudo bem... já aprendi a ignorar o mundo a minha volta... mas mesmo assim vivo curioso para entender o mundo... Bola redonda mais misteriosa...
Mas tudo bem...
No fim das contas foi mais uma modificação do Quem sou eu...
O que realmente é irrelevante...
Paciencia...
E até mais ver...

Segmento 7:

Acabo de ver uma reprise do Everwood no SBT. Vi que ia passar, e resolvi assistir. Pra minha sorte/azar era sobre o dia dos namorados. E agora aqui estou eu, as 2h da manhã mudando o "quem sou eu".
Sabe, é realmente complicado quando eu paro pra ver o amor do ponto de vista de outra pessoa. Quando começa a se analisar na vida real parece tão diferente, mas na verdade não é, na verdade o que sentimos está apenas escondido, e parece que quando vemos algum filme, ou mesmo algum outro casal, parece que as coisas fazem mais sentido ou parecem melhores do que o nosso caso.
Puxa, Everwood... eu já gosto desse seriado, e ainda vejo justo esse, quase chorei no final, com a carta do Dr. para a esposa... "Eu não diria adeus"... não sei, mostrou tanta coisa... tão nostalgico e novo ao mesmo tempo...
O mais dificil... o que mais me intriga e me destroi aos poucos, é saber... saber como é, como deve ser... como poderia ser... casar, amar, envelhecer... ao lado de alguém que você ame, de alguém que você pode confiar, que você pode brigar, que você pode brincar e perturbar, e com o passar do tempo isso apenas aumente, que quanto mais memorias do passado tenha guardado em sua mente, mais amor exista em seu coração... ter uma familia, filhos, noites sem dormir, problemas, uma vida inteira passa em minha mente ao pensar nisso, na hora parece tão chato, exaustivo, mas, depois, quando se olha pra trás, é tão confortavel, tão relaxante e bonito, porque você sabe que sua vida não foi a toa, que você tem uma história, que mesmo não sendo gloriosa ou perfeita, é uma história que ninguém mais tem, e que só você sabe como é... você e a pessoa que você ama... e as vezes me parece injusto que nossas vidas sejam tão individuais, porque, mesmo amando alguem, mesmo vivendo o resto de sua vida com esse alguem, havera uma parte de sua vida, a infancia, ou a velhice apos a morte de seu amor, que ficara apagada, que não será lembrada por ninguém, a não ser você, lembranças que só existem em sua mente... e se essas poucas lembranças individuais já me pertubam, imagino se passar minha vida inteira com elas, sem poder compartilhar cada momento... aquele por do sol que ninguém viu, o riso de uma criança que ninguém apreciou, as gotas da chuva que ninguém desejou... apenas eu... é isso que me faz sentir-se isolado, distante... mesmo entre 6 bilhões de pessoas... as vezes penso que sou o único... não poder dividir a alegria de uma musica, a tristeza de um filme, o medo de uma noite, o calor de um dia, o riso de um momento... sempre sozinho, sempre apenas com minha mente, meus pensamentos... e sempre com a unica forma de não deixa-los cair num nada profundo... escreve-los... não os faço com frequencia, dificil escrever sempre que desejo, pois sinto que estaria 24h por dia com um lapis na mão, escrevendo meus pensamentos, sentindo a necessidade de expressa-los, porém hoje foi diferente, e, estupidamente, resolvi colocar aqui, no Orkut, talvez pela simples estupidez de imaginar que alguém irá se importar com isso, talvez não, concerteza foi por isso, a necessidade que alguém ouço, que alguém entenda... já que nunca consigo me expressar em voz alta, já que estou preso a escrita...
Sei que irei me arrepender pela manhã, quando dormir e todo esse sentimento for esquecido...
Mas prefiro me arrepender por ter feito... do que por nunca ter tentado... o que faço com frequencia... sempre me arrependo por não fazer...
Enfim... espero que todos tenham uma boa noite...
E que não passem pelo mesmo que estou passando...
Good Night...
And Good Luck

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

The Point Of No Return



Não! Apesar de até o vídeo estar aqui, esse post com esse nome não é para falar de Fantasma da Ópera. Eu só coloquei o vídeo para mostrar o que inspirou o nome do post, e porque a música é legal também.
Enfim, quando você planeja algo diferente, acima de certas sutilidades rotineiras, existe sempre um ponto sem volta. Desde coisas pequenas, até coisas grandes. Por exemplo, uma coisa pequena, ontem mesmo, fui ver Terça Insana, a gravação do segundo DVD (por sinal ótimo), que começou as 19h. Não havia pensando muito bem onde dormir ainda, mas eu já tinha planejado que iria. Bem, chegou o ponto sem volta. O show atrasou, sai de lá as 10 horas, e tinha uma chance grande de não conseguir nem mesmo voltar para Jundiaí, ficando assim, preso em Morato. Mas, era um ponto sem volta, e eu não podia fazer nada além de seguir em frente, já tinha iniciado o processo, não podia mais parar. Mas esse é um tipo simples, que não parece ter um impacto muito grande. O problema é os pontos sem voltas da nossa vida. Bom, eu demorei cerca de 6 anos para finalmente chegar no meu ponto sem volta mais desafiador. E o engraçado é que não me refiro a faculdade, e também não ao fato de morar sozinho, o que mais me desafia e me deixa maluco é algo que eu não compreendo, e que tenho forte desconfiança que nunca vou entender. É claro que todo o ambiente criado também ajuda a deixar esse ponto sem volta definitivamente sem volta. Mas nos últimos dias realmente percebi que entrei de vez em um mundo que eu apenas ficava espiando. Estou agora morrendo, me matando, para tentar renascer. Bohemian Rhapsody de repente se encaixa nesse contexto, em cada uma de suas frases. Como nunca ouve um significado real, ou pelo menos ninguém chega num acordo, acho justo aplicar o significado dessa música a minha vida atual, já que fica poéticamente perfeita para descrever o que estou passando. Enfim, chegou meu Point Of No Return. E, mesmo com as dores de estômago, mesmo com o medo completo, mesmo com a esperança ilusória, mesmo com as realidades batendo em minha face e cortando minha pele, mesmo com as dificuldades, mesmo com os obstáculos que eu nunca consigo ultrapassar, mesmo entrando na escuridão completa... eu estou disposto a ir em frente. Estou disposto a dizer adeus a tudo que tinha antes e acreditar que o futuro será um renascimento

(Goodbye, everybody, I've got to go
Gotta leave you all behind and face the truth)

não posso prever a conseqüência dos meus atos, e nem se isso irá melhorar ou piorar a minha já tão confusa vida. Mas não vejo mais sentindo em ser cauteloso, em ter medo de pisar em falso. Sim, se for necessário, deixo tudo, minha vida inteira, e passarei a ignorar todos, irei me esconder da minha própria monstruosidade

(Mama, ooh, Didn't mean to make you cry
If I'm not back again this time tomorrow
carry on, carry on as if nothing really matters)

E sei que isso talvez não irá ser a solução para os problemas, e sei que minha vida ainda trará tantos problemas como sempre tive, e que vou ter que encarar muitos novos problemas, dos quais ainda a dimensão nem consigo imaginar...

(Mama, ooh, I don't want to die
I sometimes wish I'd never been born at all)

Por isso fico tão confuso... me perco em meus pensamentos... o que é o que? Me sinto indefeso do mundo, e ao mesmo tempo não ligo para ele...

(Is this the real life? Is this just fantasy?
Caught in a landslide, No escape from reality
Open your eyes, Look up to the skies and see,
I'm just a poor boy, I need no sympathy
Because I'm easy come, easy go, Little high, little low
Any way the wind blows doesn't really matter to me, to me)

Então... com tantas chances, com tantas possibilidades, porque eu simplesmente não tento fazer a coisa certa, porque não aproveito e tento ajeitar minha vida? Porque eu não peguei esse ponto sem volta e converti para uma estrada segura?

(Mama, life had just begun
But now I've gone and thrown it all away)

Não, não me interessa... eu simplesmente não podia, eu tinha que acabar com isso... eu tinha que acabar com minha vida...

(Mama, just killed a man, Put a gun against his head
Pulled my trigger, now he's dead)

E agora estou numa confusão mental, de não entender, não saber, e tudo isso tem uma dor física, uma dor insuportável

(Too late, my time has come
Sends shivers down my spine, body's aching all the time)

E é nesse momento de confusão, de lutar contra minha própria vida, tentar matar meu eu antigo, de entender minhas atitudes que tudo parece se basear

(I see a little silhouetto of a man
Scaramouche, Scaramouche, will you do the Fandango
Thunderbolt and lightning, very, very fright'ning me
(Galileo.) Galileo. (Galileo.) Galileo, Galileo figaro
Magnifico. I'm just a poor boy and nobody loves me
He's just a poor boy from a poor family
Spare him his life from this monstrosity
Easy come, easy go, will you let me go
Bismillah! No, we will not let you go
(Let him go!) Bismillah! We will not let you go
(Let him go!) Bismillah! We will not let you go
(Let me go.) Will not let you go
(Let me go.) Will not let you go. (Let me go.) Ah
No, no, no, no, no, no, no.
(Oh mama mia, mama mia.) Mama mia, let me go
Beelzebub has a devil put aside for me, for me, for me)

E então a revolta parece a melhor solução, ignorar, acreditar que não vale a pena continuar a vida antiga, porque ela não trás coisas boas... ela me controla

(So you think you can stone me and spit in my eye
So you think you can love me and leave me to die
Oh, baby, can't do this to me, baby
Just gotta get out, just gotta get right outta here)

E então assim eu me livro, eu renasço, e mesmo assim... eu continuo percebendo... eu continuo vendo a realidade... e nada realmente importa... sempre estava claro, sempre esteve lá, qualquer um pode ver...

(Nothing really matters, Anyone can see
Nothing really matters
Nothing really matters to me)

Mas já está tudo feito... o ponto sem retorno chegou... e percebo, enfim... que de qualquer forma... o vento sopra... (Any way the wind blows)...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Uma Vida Acabada

Provavelmente num futuro próximo ou não muito distante eu irei ler isso e achar engraçado. Mas nesse momento as coisas estão tão estranhas e fora da minha compreensão que já não vejo mais propósito em nada. Literalmente, perdeu a graça viver. Tudo que eu imagino se transforma em outra coisa, os meus scapes já não funciona mais, e tudo que penso ou faço me parece inútil e completamente covarde da minha parte. Não sei se muita gente se sente assim. Eu supostamente deveria estar radiante. Estou a passos pequenos de realizar relativamente 3 sonhos de uma só vez. Dentre os quais alguns são tão pessoais e confusos que não irei entrar em detalhes aqui. E é por isso que não estou feliz, porque não estou certo se é isso mesmo o que eu quero, se meus sonhos são mesmo meus sonhos. Como já disse a uns posts atrás, e mais detalhadamente nas fotos do Orkut, eu vi o filme Into The Wild, e ele me monstrou a dura verdade de minha ideologias. São extremistas e nunca me levaram a nada. Assim como o Supertramp estava disposto a morrer no Alasca para provar sua desilusão na sociedade e crença na natureza e na pureza de pensamentos eu estava/estou disposto a ir pra Machu Picchu e talvez nunca mais voltar. Porque no fundo sempre foi essa a intenção, paixão pelo cicloturismo? Um pouco. Fazer uma viagem legal e mudar minha mente? Um pouco. Mas a idéia final sempre foi de sumir, esquecer minha vida e me entregar ao mundo. Mas, no final, seria aceitável? Com meus ideais extremos não teria eu a mesma desilusão que o Supertramp? Não perceberia tarde demais que nunca soube viver e que viver daquele jeito não era a solução?
Enfim, foi assim que comecei a questionar qual afinal é o jeito que eu quero viver. E cada vez fico mais confuso, mais escuro se tornam meus pensamentos.
Então, primeiro percebo que talvez minha viagem de bike, que guiava minha vida, não passa de uma atitude idiota, e que para ajudar eu não estou fazendo nada para torna-la realidade. E depois, pra ajudar, a única que fiz, não retornou o que eu queria. Consegui passar na USP, meu planejamento e decisões me levaram ao que eu queria, estou a um passo de conseguir alojamento lá, morar em sampa, e, de repente, tudo perde o sabor. Então, no fim, também não é isso que eu quero? De repente penso sobre os filmes, e o porque que as vezes eu me sinto tão mal por não ter vistos tantos títulos que eu gostaria. Então, poderia julgar que uma das coisas que eu quero é ver muitos filmes? Também não, já que sempre começo a ficar deprimido de ver muitos filmes ao invés de tentar coisas mais agitadas. Então deveria conciliar melhor os meus gostos? Seria possível? Funcionaria? Eu também não acredito fielmente nisso. E fico perdido de ver que eu não sei o que eu quero, nem quem eu sou, nem o que esperar. Estou jogado no mundo sem a menor necessidade de estar aqui. De repente não sou mais o Mister Cellophane, porque meu problema não é ser notado, meu problema é nem existir.
E dia após dia minha cabeça não pára de pensar nisso. Meu estômago está sempre embrulhado, não consigo comer direito, cada pensamento que tenho é sobre assuntos repetidos que não me trazem conforto nem tranqüilidade, apenas o oposto. Em dado momento minha preocupação é social, e logo percebo que se isso for resolvido, não mudará minha forma de viver, e nem o fato que o que eu deveria ser eu já sou, e nunca vou aprender a conviver com todo esse desprezo que tenho dentro de mim.
Estou realmente despedaçado, andando pelos cantos, quieto, olhar distante, buscando uma resposta, me distraio e não mais que alguns minutos depois tudo volta. Tento sair de casa, tento conversar com as pessoas, mas nada tira essa mente perturbada que tenho no sub consciente. As vezes queria apenas não pensar, não questionar, não avaliar, não analisar. E, sendo assim, inevitavelmente, não existir. Mas ai como poderia continuar? A única forma de alguma coisa ter sentido é existindo, então como posso curar esses sentimentos?
Olho para trás, e sinto não ter conquistado nada, olho pra frente, e não vejo nada para conquistar. Então pelo que devo existir?
Afinal, acho que isso ainda não demonstra nem metade do que estou pensando ou sentindo. Nunca me vi tão sem esperanças na vida. Todo caminho que eu percorri e que julgava tão bom e sábio me conduziram a um mar de solidão e desespero, realidade e desprezo.
Bom, agora só o que posso fazer é esquecer o que eu quero, ou o que eu penso, e mesmo que isso mate o resto humano que existe em mim, só posso tentar passar mais 1 mês no caminho que escolhi... só o que me preocupa, e se esse caminho falhar...
E o mais sóbrio e cruel disso, é que se falhar, será culpa minha. E isso se deverá ao fato de não ter no que me agarrar, não ver motivos para lutar. Então irei matar isso porque não tenho vontade de continuar em frente? Até onde vou destruir minha própria vida? Quando vou tentar parar de provar as coisas para os outros e provar pra mim mesmo. Quando vou entender afinal o que sou eu.
Nothing Really Matters...
That's the true...
I just killed a man... I'm killing... and this man... is me.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Segunda Calorosa

Por onde deveria começar?
Ah! Sim, claro... pelo fato de estar morrendo de sono... eu acordei as 4 horas da manhã hoje... já viu a hora? São meia noite agora... ^_^
Eu tô realmente acabado...
Vou fazer um rápido resumo:
Acordei, liguei o PC, imprimi curriculum (que acabei não usando) vi como chegar no Bira pelo Paraíso (o que também não usei), tomei banho, tomei leite e sai. Peguei o busão 5:30 na rodoviária de Indaiatuba, depois de tentar trocar 50 reais e ser mal sucedido. Enfim o motorista gente fina disse que trocava e me deu o troco no meio da viagem, mesmo morrendo de sono, não dormi e vi o dia nascer do ônibus, e vagamente pude perceber o ânimo do motorista de trabalhar tão feliz em plena segunda de madrugada. Após descer em Jundiaí, fui indo para a ferroviária até que um certo Djow infeliz me liga, e me faz esperar ele. Ok, afinal se não fosse ele eu nem teria chance de pegar o ingresso pra ir ver a gravação do DVD do Terça Insana. Sentei na frente da estação e esperei poucas 1h e meia ouvindo Sá & Guarabyra, e meu MP3 feliz cansou de repetir aleatoriamente a maldita 'Caçador de Mim'. Mas tudo bem, é legal mesmo essa música. Bem, enfim o Djow aparece e vamos pra Sampa, eu quase dormindo de pé entre Morato e a Barra Funda... ai desce em Pinheiros, e vamos andar até o Avenida Club. Putz, não tinha chance né, pegar ingresso na faixa, num ia mais ter, já fazia 1h e meia que estavam distribuindo (eram 11h 30m) mas pegamos a fila, cansados e suados porque o sol estava mesmo cruel, e essa é uma das interpretações do título. E, depois de uma meia hora... putz... conseguimos o ingresso. Quinta-feira, as 19h... UHU!... primeira coisa, feita.
Começamos a andar em direção a USP, mas já era meio dia. Conclusão, os locais de matriculas estavam fechados. Então nóis para no Habib's e enrola lá até 1h e 30. O Fabiano gasta grana e eu não gasto nada. Vamos pra USP, cheguei lá derretendo, cadê a merda da previsão do tempo de dois lugares diferentes dizendo que ia chover a tarde? ¬¬...
Enfim, o desafio, achar o IGc (Instituto de Geociências)... depois de rodar bons minutos no ônibus gratuito da USP achamos o infeliz. Bem no meio do mato, mó felizão... ^_^
Vou, reprovo na terceira fase que era o preenchimento obrigatorio da matricula e vou embora... hehehe... enfim, me mato mais preencho a matricula, pego a carteirinha da USP e vou embora feliz procurar o Coseas. Mas... depois de fugir de vários veteranos que tentaram me 'trotar', não teve jeito, quase saindo de lá uma mina me descobriu como bixo e pintou minha cara, e meu cabelo, e depois me ajudou com as informações pra conseguir alojamento. Ai, pobre Fabiano, me seguiu por uns par de quilometro USP a dentro pra tentar achar o lugar onde pedia as bolsas... demorou, andamos por uns par de lugar, dispensamos cartão Santander Universitário e finalmente achamos o lugar. Fui lá tentar conseguir um alojamento na faixa e o coitado do Djow ficou me esperando enquanto eu preenchia papel e mais papel. Ai já era tarde e precisava correr pra ir embora... tava tempo? Não, ok. O jeito é ir de Bonavita e morrer em 20 conto. Mas tudo bem, estava feliz, afinal o segundo sentido do título tinha se manifestado de forma legal dentro da USP. Nem o cheiro do Pinheiros, nem o atraso dos trens, e nem a lotação soberba do tranporte público numa segunda feira em hora de pico puderam me desanimar. Ao chegar no Tiête com o gatorate em mãos e um ônibus pra Indaiatuba prestes a sair demos de caras com MOCHILEIROS. Realmente adorei, apesar de não saber a língua que eles estavam falando e nem ter coragem de tentar falar com eles, era uns 10 no mínimo, com mochilas de mochileiros de verdade. Hehehe.
Bom, enfim dentro do ônibus da plataforma 24 na poltrona 24... ¬¬'
E pior, ar condicionado ligado em 24 graus... AFFE.
Alguns minutos depois já estava completamente inerte em um mundo estranho na minha mente, tamanha quantidade de informações que passavam por ela. Nada de dormir, nada de relaxar... mas chegado perto de Indaiatuba algo assustadoramente lindo aconteceu. Os raios dourados do sol entraram pela janela me convidando a olhar uma das paisagens mais belas da natureza jamais avistada por mim. Era como se ele fosse um desfecho para o pôr-do-sol daquele dia longínquo da primeira fase. Mas dessa vez ele vinha com tamanha beleza que só conseguia imaginar iguais aqueles os de lugares privilegiados como Pantanal ou algum lugar de beleza rara. Era uma foto, uma pintura linda diante de meus olhos e não podia parar de contemplar cada detalhe saboroso de sua aparição tão divina. Um momento que está tão vivo em minha mente que acredito que nunca mais irá sumir. E espero que atráves desse relato permaneça eterno. Após a triste despedida do espetaculo que veio para fechar meu dia cheguei em casa, tomei o banho e tirei as tintas da cara, não consegui comer, porque ainda sentia meu estômago ruim, mesmo só tento passado o dia com liquido e nada mais. Sentei nesse PC, tentei colocar tudo que podia em ordem e perguntei o que deveria em lugares que não deveria. Mas ainda sim me sinto leve, novo, vivo. E queria que isso não acabasse, e queria que apenas uma vez, um sonho fosse o que sempre pareceu ser em minha mente: bom e duradouro.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Chorando Sozinho...

Chega um momento atemporal em que você enxerga as coisas de outra forma.
Eu não espero que ninguém entenda o que estou passando nesses últimos dias... e o quanto minha vida já não tem mais sentido.
Estou com uma dor de cabeça terrível, e acabo de chorar sozinho, sentado no sofá, ao terminar de ver Into The Wild.
Porque cada vez as coisas fazem menos sentido?
Desculpe, não posso continuar a escrever...
Minha cabeça doí muito, acho que vou vomitar...
Fim

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Malditos Sejam Os Filmes!

Eu acho que uma boa porcentagem do meu problema geral (social, racional, mental, espiritual, físico) é culpa dos filmes. Sim, porque eles são tão cheio de coisas, lotados de informações e criatividade sempre jogando idéias e histórias em cima da gente. De repente, sem perceber, você está vivendo e buscando viver como nos filmes... a vida imita a arte e a arte faz o que bem entender da vida. As emoções que podem surgir são tão variadas que me assusta. Afinal é só um vídeo, com som, e pessoas, e que já passou e nem sequer é real. É tão estranho a forma como reagimos a tudo isso. Gostamos de ser iludidos. O que é viver no mundo real? Ninguém vive, poxa... Enfim, tirando essa parte trágica e inquestionável sobre a capacidade da arte moldar sua vida, vamos falar sobre a beleza disso tudo. Por exemplo, só comecei esse post para falar sobre duas coisas... a primeira, é sobre Magnolia, um filme hiper-mega-master badalado por trazer um zilhão de assuntos interligados e ocultos em cada segundo de sua projeção. Um prato cheio para psicólogos, filósofos e afins. De fato o filme é feito com tamanha perfeição que assusta. Nada é por acaso, e mesmo que talvez o filme comece a se parecer cansativo você continua assistindo, curioso, perdido em meio aquela confusão de história. A quem diga que deve se assistir várias vezes para entender, e eu até o faria, mas não gosto de ver um filme duas vezes, já que poderia estar vendo outro. Mas com certeza você pode tirar sempre mais de Magnolia. Enfim, além da confusão de sentimentos e complexidade delicadas que o filme trata, ele tem uma cena que é quase a principal (Nada pode superar uma chuva de sapos né?), quando tudo está perdido (e nisso existe milhões de possibilidades de interpretação dentro do filme: religiosa, temporal, metafísica, enfim... não importa) todo o elenco começa a cantar uma excelente música da Aimee Mann, dentre tantas outras dela que toca no filme. Toda a atmosfera que envolve o filme até esse ponto faz dessa cena algo lindo, sentimental, inexplicável. Eu aconselho a ver o filme todo e se deixar levar por ele, mas, caso já tenha visto e só queira relembrar, aqui está um video:



E para complementar, um filme que acabo de ver... Dans Paris. O filme se enquadra em quase tudo que disse a cima, sobre se deixar levar, mas ele tem um contato mais intimo com os personagens, é tudo tão natural que você começa a se sentir parte daquele universo. O dialogo inicial com o espectador é como um 'Seja bem vindo a minha vida', e a partir de então é como se você estivesse passando um tempo na casa dos irmãos. Porém, a cena mais incrível (e estranhamente a mais surreal, que deixa o espectador meio fora da drama) é a do telefone. Em que o personagem que está deprimido pela separação liga para a ex e começa a cantar, fazendo um dueto incrivelmente lindo. Segue o vídeo:



Enfim... acredito que seja apenas isso. Mostrar as duas ligações mais próximas que eu lembro recentemente entre filme-música, passando não apenas a música com imagens, mas a emoção e a beleza da mistura de duas artes com a arte de viver. Nem mesmo o excelente Once com a música viciante tem uma cena tão ligada assim, a música principal mesmo, é quase sem graça no contesto do filme, e perto dessas duas, é apenas um musical. Bom, mas espero que um dia me livre desse universo e comece a produzi-lo. \o/... se algum dia conseguir transpor sentimentos como os atuais artistas fazem através do cinema, estarei pronto para morrer feliz. =]
Bom, é só. Recomendo a todos verem os dois filmes.
Espero que gostem.
Até mais... e até a próxima.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O Surrealismo Paulistano


Não, não me refiro aos trabalhos surrealistas exibidos ou feitos na capital... me refiro a arte surrealista vivida. Me refiro a entrar no ambiente surrealista e viver sua inconsciência artística. Quanto algo não rotineiro se torna uma experiência imemorável. É assim que me sinto todas as vezes que vou para São Paulo. Ao menos nos últimos dias tem sido assim. Não existe um raciocínio concreto, não tenho lembranças exatas, minha atitudes e experiências se perdem nessa surrealidade... aconteceu mesmo? Estou mesmo vivendo essas coisas? Até onde minha mente me engana e brinca com meus sonhos? Até onde eu posso ir? E como posso saber que é seguro? Não posso mais confiar em minha mente... logo, nem em minhas atitudes... em que confiar?
Estou confuso... os dias passam lentos demais... nada nunca é produtivo... me vejo numa prisão... não física, mas mental... todas as tarefas ficam de lado, minha alma me chama de algum lugar distante, onde eu não posso ir. Peço ajuda mais ninguém ouve. Preciso fazer minhas tarefas... era isso que deveria estar fazendo... mas não consigo... a culpa me consome. A culpa de não tomar atitudes, de não ser diligente. O que eu estou fazendo com a minha vida? O que eu quero na minha vida? As respostas estão sobrevoando na minha mente... me recuso a olhar para elas... me recuso a aceitar minha própria natureza e destino. Existe destino? Existe natureza? O que existe? Eu existo. Apesar de não ser uma afirmação completa e concreta, posso dizer que seja o que for que está pensando, um corpo, uma mente, um nome, existe, e está aqui, com pensamentos, sentimentos, e o que quer que o homem tenha criado para explicar o inexplicável... palavras não passam de um jogo. Muitas vezes cruel e sarcástico. Durante os anos nossa evolução foi pontuada pela capacidade cada vez mais admirável de se comunicar e relacionar. Tudo em vão, tudo sem necessidade. Qual seria a diferença na Terra se não existe a Bíblia ou Jesus? A TV ou o rádio? Como provar que essa nossa evolução é mesmo uma evolução? Compreender nossa existência e nosso mundo é mesmo necessário? Porque perdemos tanto tempo? Porque? Agora estou preso, preso em minha mente, preso nesse mundo criado por malucos. Malucos que tentam descobrir o que deveria apenas existir. Malucos que vão tão fundo que descobrem as causas da própria extinção. Malucos que não desistem de procurar a imortalidade e geram monstros. Malucos que criam a destruição. Malucos que matam e que mentem. Malucos que amam e que morrem. O que resta é ser o maluco que espera, o maluco que desiste, o maluco que enlouquece.
E não hesito, deixo que aconteça. O meu inconsciente esta sempre me dizendo o que fazer, e as vezes ele me surpreende, não me deixando lembrar. Eu não controlo minha vida, e não sei quem a controla, não entendo minha existência, e não entendo meus pensamentos. Não sei, por fim, se algum dia já pensei, ou se estou pensando.
Só sei que escrevo fragmentos de minha mente... e assim registro minha rota, meu karma. E não importe o que eu faça, ou o que eu escreva... o surrealismo da minha existência continuará a me perseguir... seja em São Paulo, seja nas Bermudas, seja no Egito, seja onde for... ele estará lá. E você? Onde estará?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O Retorno de Jedi...

Huahuahua, não sei, me passou tanta coisa besta pela cabeça para titulo, que ai foi parar em Uma Nova Esperança, mas espera ai, não tinha esperança nenhuma... então pensei em outro, outro o que? Sei lá, ai taquei de outro filme... hehehe... enfim... agora deu uma vontade de ver os SW daqui... \o/
Mas não é hora pra isso... além de ter que terminar de escrever aqui ainda tenho que editar o casamento (sim, ainda não terminei :P), já organizei algumas bagunças que tavam os arquivos no Premiere, e também passei a parte principal, que é a entrada da noiva, mas agora vem a parte chata, que é o padre falando, visualmente é a mais simples, já que não vai usar muitos ângulos, é mais 4 minutos de um filmagem, 4 de outra... mas sonoramente... vixi... ai fera... qual dos áudios usar? Nenhum deles está muito bom, o da filmadora fixa tem barulho de água, o da móvel fica aumentando e baixando, e a do tio do Danilo, tem cortes, porque não filmou tudo... complicaaaadoo... por isso fiz essa pausa pra escrever aqui e pensar melhor nisso... ^^... oia que lindo a introdução dessa música do Savia Andina... pena não gostar do vocal deles... será que se eu pedir eles fazem um cd só instrumental? xD...
Bom, to muito aluado hoje... ai droga, isso me lembra HP... enfim... AO ÚLTIMO DIA...
Acordei, novamente, e não agüentava mais acordar... ¬¬... sabe quando você não quer mais enfrentar as coisas na sua frente? Eu precisava de um banho, de um descanso, de um ar puro... mas era o último dia, meu pai já tinha avisado que ia com o amigo dele para Sampa e que poderia passar para me pegar na volta, o que ajudaria, afinal poderia voltar pra casa, e não ter que esperar mais um dia em Jundiaí. Claro que isso teve conseqüências, primeiro eu meio que fugi da casa da minha tia, isso é sempre meio chato, mas tudo bem, já estava lá a tempo demais, acho que ela não ligou muito, exceto minha prima que queria vir aqui... mas acho que ela também não ligou muito, já que não tem nada nessa cidade... ¬¬... mas a pior parte é que eu tinha combinado com o Willian de ir na casa dele na quinta, eu dormiria na casa da minha tia depois da prova, e na manhã seguinte iria para a casa dele, ficaria um tempo lá enchendo até umas 5 da tarde, e só então voltaria... bem, como resolveria isso, depois eu pensava no assunto, tinha uma prova para fazer... e como sempre, foi tudo normal... peguei o ônibus correndo, ele estava acabando de chegar quando vi ele, corri e estava nele, então o trem, e nem preciso dizer que já não lembro muito bem né? Hehe... foram tantas idas e voltas naquele trem que é difícil diferenciar uma da outra, e, pelo que minha mente lembra, essa foi provavelmente mais uma ida bem tranqüila, de tacar o mp3 no ouvido e ficar ouvindo. Baldeação em Morato, não sei se fiquei sentado ou em pé... acho que foi sentado de fato... e, se não foi no dia seguinte, foi nesse... eu fiquei no acorda, dorme de novo, então acordei, tirei o fone, já tava cansado de músicas, e fiquei de olho para ver se não tinha ninguém precisando sentar... mas não tinha... minhas costas doíam demais, estava muito desconfortável, resolvi tomar o doril de cada dia antes da prova dessa vez. Chegando na Luz, comprei o gatorade, não fui no banheiro, deixei pra ir na UNIP, e peguei o metrô, estava meio estranho o movimento, e logo percebo o porque. Havia um problema elétrico na estação Ana Rosa, e todos os trens estavam tento paradas maiores, de 1 a 2 minutos em cada estação... o que explicou o porque eu fiquei igual sardinha dentro do trem, enquanto o trem estava lá, o pessoal entrava... mas foi rápido até Vergueiro, e logo estava no lugar da prova de novo, vi o número da sala... dessa vez 08... no andar de baixo... peguei a resolução de geografia, mas só do Objetivo, não consegui pegar o do Etapa... comprei outro Halls, porque o anterior as formigas na casa da minha tia comeram... última carteira... segunda fileira depois da janela... G08, não sei... algumas pessoas não apareceram, inclusive o cara que deveria sentar do meu lado direito... tirei o boné, olhei no vidro da janela, meu cabelo estava muito ruim, parecia Einstein, pena que sem a facilidade em Física dele... seria um sinal? Porque insistia em achar que não iria mal naquela prova? Otimismo é mesmo patético... tirei as réguas que eles pediam e o compasso... não usei nada, só a régua normal. Entregaram a prova só 15 minutos depois, porque estavam esperando um pouco por causa do problema no Ana Rosa, caso mais gente tenha se atrasado... bom, era a última, olhei para a prova quase que desafiando ela, queria que ela morresse, desejava tanto que aquele pedaço de papel implodisse e se torne-se um nada... mas obvio, ele continuou sendo um papel, com todas as questões possíveis dentro dele... que comece o desafio final... abri, O QUE ERA AQUILO? Cada página era um susto, tantos gráficos, tantos números, tantos desenhos... ok... volto para a primeira página... leio a primeira questão... WTF? Ok, a segunda... a terceira, quarta, quinta, sexta, sétima, oitava... respiro fundo... só tenho mais duas... a última página... tem que ser algo simples... tem que ser... viro e leio... FILHOS DA PUTA... realmente... nada... nada... não poderia fazer nada, não sabia nada, não tinha por onde começar, não podia pensar, não agüentava mais... já fazia 4 dias que estava pensando... CHEGA... bom... só deus sabe da onde tirei paciência pra ir em frente naquilo... a primeira olhei, li, reli, mandei pescar, e fui pra segunda... a segunda parecia lógica, fácil... fiquei cerca de 1h e meia só nela... sem brincadeira... teria feito ela em 10 minutos se não fosse o nervosismo e a falta de lógica do desenho... a parte dos choques elásticos e tudo mais eu demorei um pouco pra aceitar... mas logo vi que realmente não deveria ter fórmulas feitas na questão, era tudo lógica... ai que não tinha lógica... pq o desenho marcava 1,6 m de distancia entre uma bolinha e outra, e pelos cálculos que fiz, a bolinha demorava 1.6 segundos para chegar na rampa, então ela só tinha mais 0,4 segundos para atingir a altura máxima dada pela questão, que era atingida em 2 segundos... depois ela voltava e recomeçava o processo... mas 0.4 segundos é muito pouco. Mesmo considerando que a bolinha não perca velocidade, o que ela perde senão ela não voltaria pra trás, ela andaria só 0.8 metros na rampa, e considerando a perda de velocidade, não passaria de 0.5, 0.4, não sei fazer esses cálculos... e na ilustração, o ponto de altura máxima H estava desenhado a aproximadamente 2 m de distancia... E AGORA? Quase formulei uma nova teoria da relatividade de tanto pensar nessa questão, quando finalmente resolvi acreditar que o desenho que se dane, a idéia era apenas mostrar que tinha uma rampa, e que não deveria ser considerado como escala real... bem... fiz as 3 questões... a primeira parecia tão fácil que fiquei com medo... 2m/s, quando tempo levou pra tingir a bola que estava a 1.6m? Fácil demais, coloquei lá, feliz da vida... 0.8 segundos... com medo, mas coloquei... =P... ai parti pro gráfico, não tinha lógica também, mas fiz... e enfim, a última, desconsiderando os impactos e os recálculos de velocidade, simplesmente resolvi acreditar que aquela força elástica deveria ser algo como ausência total de gravidade e nenhuma perda de velocidade, tirando o fato que, se a bolinha subia e descia a rampa, é porque tinha gravidade... fiquei bem revoltado com a improbabilidade do exercício... mas pelo menos era supostamente fácil... finalmente resolvi aceitar que não ia mais pensar naquela dois e continuei... e fui, e fui, e queria jogar a prova pela janela... e não demora muito para a cena mais engraçada desses 4 dias acontecer... o cara do meu lado, que já estava se mexendo bastante, começa a falar sozinho:
-Puta merda viu, num dá, o que é isso. Palhaçada, caralho.
Eu: O_O... e então... =D...
E me segurei para não começar a rir feito louco... logo ele fala sobre as horas, e que só poderia sair as 3...
Eu lá, procurando desesperado alguma outra das 10 questões que eu pudesse fazer, e de repente ele começa de novo, já era umas 10 pras 3.
-Não agüento mais, vai toma no cu.
E o cara na frente dele: -Xiii... calma ai.
E eu com aquela vontade de rir... de repente eu queria mais que a prova fosse a merda... o que valia aquilo afinal? Quem era eu pra estar lá... e me segurei para na virar do lado e consolar o desesperado companheiro: “Você não está mais agüentando? Cara, por mim já teria picotado essa prova e ido embora desse inferno, eu não sei nada e nem tenho capacidade pra estar nessa segunda fase, bola pra frente rapaz...” mas achei melhor não, afinal ficaria chato para todos, eu, por me expor, ele, por ver essa situação, e o resto por se distrair da prova... mas a alegria era imensa em mim, uma mescla de ver que eu não era o único desesperado, e de não ligar mais para aquela prova... antes de ficar brincando com o lápis, vi uma questão sobre ondas... advinha qual era? A de número 7... xD... e depois de ler ela 7 vezes (ta bom, pode ter sido 6 ou 8 :P) eu finalmente entendi... E MEU DEUS... a questão d era muito fácil... e por consequencia a c também... fiquei tão FELIZ... \o/... mas ai a b... =(... até era fácil, alias, muito fácil, mas não entendi que COMPRIMENTO, não é ALTURA... tarde demais... xD... mas EI... já era algo... bom, no fim das contas eu fiz outra lá, que parecia simples demais também... resumindo, só fiz as babas... então... como vi depois no site do Anglo, eu acabei acertando a segunda inteira... YAAAAAAAAAATAAAAAAAAAA... uma da terceira, e 2 da sétima... o que seria, por cálculos improvisados, 7 pontos... de 40... huauhahuahua... quando entreguei a prova, o cara viu aquele monte de questão em branco e até fez uma cara de ‘xiiiii’... mas tudo bem... o mais engraçado... entreguei a prova as 4 horas (iria até as 4:15) e o cara que tava xingando a prova ainda estava lá... o cretino deve ter ido bem melhor que eu... certeza... ele xingou mais com certeza sabia... foda isso... e bem engraçado também... ^^
Sai do prédio (GRAÇAS A DEUS, NÃO VOLTARIA MAIS)... uma onda de liberdade passou por mim... e a sensação de dever cumprido... ou mal cumprido... mas ainda sim, terminado... logo liguei para o meu pai... ele iria me pegar na Barra Funda, já que estava lá perto... depois minha mãe ligou, falei brevemente com ela, e entrei logo na Vergueiro para ir para Barra Funda... por sorte o problema da Ana Rosa já tinha se resolvido... cheguei na Barra Funda e fui encontrar meu pai... e logo ele também apareceu... 4:42... estava indo embora... era estranho estar dentro do carro (Ainda mais com o amigo do meu pai dirigindo, medo... muito medo)... enquanto olhava os prédios passando, o movimento das ruas, o mundo longe dos trens que vive em São Paulo, pensei no 42... durante todos os dias ele me perseguiu... era batata, olhar para o relógio e ele estava lá... gente, essa Holy Grail do Badly Drawn Boy é legal pacas... enfim... o fato é que no fundo acreditava que alguma coisa estava dizendo que tudo daria certo... até agora ainda acredito... não muito, mas não sei, existe uma esperança escondida... mas prefiro não alimentar ela... esperar até o dia... advinha? Sete de Fevereiro... quanto sai o resultado... a questão maior é... e se eu passei? E se o destino está mesmo ao meu favor? Como eu vou lidar com isso? Bom, eu espero que o momento certo de descobrir essa resposta chegue... bom, para terminar... eu passei na casa da minha tia, peguei a mochila, me despedi... e voltei pra casa... meu melhor amigo ficou a ver navios (eu acho que ele entende a minha situação), eu esqueci de ligar pra ele (espero que ele entenda mesmo =P) e voltei a minha vida... demorou alguns dias para finalmente acalmar... até agora ainda não acredito que esteja calmo, continuo tento problemas pra dormir e me concentrar, e é raro o momento em que as mesmas perguntas não passam na minha cabeça...
Mas acho que é isso... só estou narrando, não quero me fixar muito mais nisso... na verdade, não vou mais falar disso... iria começar a falar de outras coisas aqui, mas deixe para um próximo tópico... o conto das provas está agora... oficialmente... acabado.
Obrigado a todos pelo tempo e dedicação.

Obs: Acabo de ver, minha última postagem foi a de número 70... xD

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O Sonho Não Acabou

Não, não é o filme The Wonders... é o titulo da introdução do livro que fala sobre a ilusão, que eu comentei no post passado, vou começar hoje copiando o texto aqui.

Do que são feitas as viagens? Segundo as boas e más línguas, boa parte delas é feita de um sonho. Você está na Marginal Tietê, em São Paulo. Seis da tarde. Caminhões jogam fumaça dentro do carro. Sua coluna começa a doer. O mundo conspira contra você. Mas você suporta tudo, estoicamente. Porque sabe que no fim daquela estrada de sofrimento está a saída para seus problemas: o aeroporto de Cumbica. E o sonho de aquilo sumir da sua frente e virar um monte de luzinhas da janela da aeronave.
Claro que é tudo ilusão. Ao embarcar no avião e desembarcar, digamos, em Goa, seus problemas, ou parte deles, estão indo com você. Mas o que seria de nós sem a ilusão? Este livro é baseado numa edição da revista Viagem e Turismo, da Editora Abril, produzida para celebrar esse sonho de chegar a um lugar perfeito. Uma celebração do escapismo. Você lerá sobre lugares como o Himalaia, o Taj Mahal, a Costa Amalfitana, a Patagônia, a Austrália, a Nova Zelândia, a Micronésia...
A organização ficou a cargo de Roberto Guimarães. Este livro pode e deve servir como um guia. Ele possui, claro, o serviço – mas só ficamos com as dicas menos perecíveis. A grande utilidade deste volume, porém, reside em sua capacidade de fazer com que você deseje estar num desses locais. Sonhar com eles. Principalmente se estiver na Marginal Tietê, às seis da tarde, num momento de absoluta necessidade de uma dose maciça de ilusão.

Grande Abraço,

Kiko Nogueira

Diretor de redação de Viagens e Turismo
e dos Guias Quatro Rodas

Enfim... esse texto foi tirado do livro "101 Viagens de Sonho e Como Torná-las Realidade"... é um livro com poucas informações, mas que faz passar uma vontade do caramba... xD
Mas... deixando de lado as vontades... vamos nos concentrar no sonho... não o de viajar (que também existe, só não é o tema do post ^^)... mas no de mudar de vida, que, vamos e convenhamos, é uma forma de viajar... voltemos então para o dia 8 de Janeiro de 2008. Acordei, mesmo dormindo no sofá não estava travado, não tomei banho, meu cabelo estava horrível, mesmo agora eu quase não tendo cabelo. Me ajeitei o melhor que podia, me troquei, tomei leite, e estava pronto para começar tudo de novo. Pega ônibus, vai pra estação, pega trem... tudo bem parecido com o dia anterior, mp3 no ouvido, sono, cochilos. E então Vergueiro. São Paulo continua calorosa, terça-feira, um movimento semelhante ao do dia anterior, chego cedo novamente, e dessa vez compro uma bala de Halls na frente da Unip, vejo que agora minha sala é a 14, não tenho mais muita certeza, mas acredito que era... ou seria 13? Um ou outro. Dessa vez não me sentei na janela, nem na parede, estava a duas fileiras da Janela. C03, ou não, mas era o terceiro. Um cara começa a conversar atrás de mim. Sinto aquela necessidade de conversar com alguém também, me sinto triste por não ter ninguém para partilhar minhas emoções. Os segundos não desistem, mesmo depois de 2 dias ele continuam passando devagar... mas finalmente passam, e lá estava ela... na minha frente, a prova de Geografia... antes, deixe-me adicionar algumas coisas sobre o dia anterior, e até antes. O primeiro fato é o Doril, tomei um a cada dia, acabou a prova de Português, tomei um Doril, acabou a de Quimica, outro... e essa não foi diferente... e outro fato que esqueci, quando estava na liberdade, indo para a Sé, uma mulher comentou que um cara tinha sido atropelado no metrô, e que ela tinha atrasado por isso. As mulheres conversavam com um ar meio de indignação. Enfim, ouvia algo que provava o que imaginava, vira e mexe alguém é atropelado naquele metrô. No trem é fato, e eles nem escondem, li esses dias numa reportagem que morre cerca de 2 por mês, ou semana, não lembro. Já metrô eu nunca ouvi, começava achar até que nem tinha... porque a velocidade do metrô é bem maior... putz, imaginem a cena... meu deus... assustador... bom... mas era isso... voltando a prova de Geografia... olha que engraçado... fui colar e me ferrei... xD... a pergunta era sobre os países que não tinham adotado o Euro como moeda padrão, e que faziam parte da UE. Bem, sabia com 100% de certeza que a Inglaterra era um deles... mas era Inglaterra ou Reino Unido? Logo nem pensei mais nisso e taquei Inglaterra mesmo... mas ainda assim, qual era o outro? Pensei em vários, mas não conseguia ter certeza... acabei olhando quase sem querer na folha do cara do meu lado, e o infeliz tinha escrito já, bem grande até: Inglaterra e Alemanha... affffff... no dia seguinte descobri que não era... resultado, nunca mais vou ver resposta dos outros... preferia ter chutado qualquer pais europeu lá, e errado por minha própria culpa... =)
Mas do resto, foi pior ainda... eu só escrevi enrolação, que tenho esperança que eles considerem ao menos um ponto em cada enrolação... xD... inclusive zoei um pouco em uma questão, escrevendo umas idéias para os corretores... espero que não vire pérola né... hehehe... Bom, ai, acabou a prova. Dessa vez foi mais sem graça, depois que eu sai, eu fui comer um misto e tomar Ades, queria repetir o dia anterior e ir andar por ai, mas o Eduardo não havia retornado a ligação para dizer o que queria ganhar. Enfim, sem ter o que fazer por completo, acabei entrando na estação Vergueiro e iniciando a viagem de volta... a única diferença nesse dia foi no trem, que era daqueles com acentos mais separados... por sinal veio uns mano e umas mina do meu lado, tirando fotos e falando de Orkut adoidado... e putz, o Word reconheceu Orkut e ainda colocou com letra maiúscula... hehehehe... enfim, eu iria tacar o fone, mas não queria dar uma de chato pra cima dos mano, ai fiquei de boa, praticamente dormindo na janela. Cheguei em Jundiaí e também não teve nada mais... fui direto para o terminal pegar o ônibus para casa da minha tia. Chegando lá, após comer algo e relaxar, resolvi usar o PC da minha prima, que não estava... bem, acabei ficando até umas nove mais brigando que usando o PC... mas no fim das contas pelo menos me distrai. Fiquei um tempo vendo TV, nem lembro o que passava, e em que canal estava... mas logo não via a hora de dormir, e minha prima não saia do PC, e a TV alta, tudo dificultando um pouco... mas finalmente caiu no sono... e finalmente percebo que está acabando... só falta mais um dia...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Ilusão

Não foi de total surpresa ver que a prova só continha coisas estranhas para mim. Visto que na primeira fase a única questão que acertei de Química foi no chute, porém, imaginei que a segunda fase, por ser dissertativa, teria algo um pouco mais básico (Uma nomenclatura de uma cadeia carbônica talvez? Não que eu lembre isso =/...), mas não foi assim, qualquer um pode entrar no site da Fuvest e ver a prova, e entender o que estou dizendo, me achando burro por não saber, ou me achando normal por não saber, isso não importa de modo geral. Alias, aproveitando esse momento de maior proximidade com o leitor, quero aproveitar para ressaltar um fato novo nesse blog, talvez alguns ainda não tenham percebido (provavelmente porque poucos {onde poucos <= 3} o lêem), mas o campo de comentários deixou de existir, como sempre disse, escrevo mais para mim, é claro que admiro quando os outros lêem o que escrevo, afinal acredito que tudo que é escrito, é para ser lido, e quando alguém lê o que você escreveu, é como se ela lesse a sua alma, e isso para mim traz conforto, talvez a única fonte que me aproxima das pessoas, e me permite ser menos fechado, às vezes escrevo em forma de enigmas, para reservar algumas coisas, e deixar um clima de mistério, mas gosto verdadeiramente de escrever. E quando o que escrevo tem valor, é correspondido, me sinto feliz, sinto que existo e que tenho importância. Não vou mentir, o fato de cancelar os comentários se deve, principalmente, a minha besta ilusão. Não, não é por isso que é esse o título do post, na verdade os motivos são outros, mas a ilusão que me refiro, é o desespero de acreditar que alguém vai comentar em cada post que eu escrevo, que irão dizer palavras que eu preciso ouvir, e que irão entender o que eu quis passar. Sem comentários é como se não fosse lido, como se fosse um fantasma. Prefiro a ilusão consciente, por isso o cancelamento dos comentários caros leitores. Sem eles, posso acreditar que as pessoas leram, posso fingir que sou importante, que sou ouvido. Eu sei que existe a verdade em forma de dito ‘O que importa não é quantidade e sim qualidade’ mas eu ainda gosto mais de acreditar que todos se importam com isso, parece valer mais. Se alguém me perguntar na rua: “E ai, como foi na prova?” e eu falar: “Leia meu blog!”... qual a chance dessa pessoa ler? Eu realmente acredito que poucos se importam de fato em como eu fui. Ai que chega a chave do cancelamento dos comentários. E eles não precisam, e não é para isso que escrevo esses textos, escrevo porque gosto e me sinto bem com eles, escrevo para me lembrar de como eu era, como eu fui, e como eu vou ser. Esses textos são tão meus quanto jamais será de outra pessoa. Por isso todos as redações, provas, desenhos, muitas coisas minhas da época da escola que geralmente jogaria fora permanece guardada aqui, um amontoado de lixo, o único que guarda minha história e minha vida, o que, creio eu assim leitores, prova que minha vida é, de modo poético, um monte de lixo. Dizem que o cérebro guarda tudo, que cada um guarda sua essência, mentira, você não pode olhar para trás e dizer quem você era, não mudamos, é verdade, no fundo desde que nascemos temos traços que refletem até nossa morte, mas os sentimentos mudam, se as atitudes e a personalidade se mantém, os sentimentos e gostos vivem mudando, e lembrar que gostava de Tom & Jerry a 10 anos atrás não basta, você não lembra de um dia seu a dez anos atrás, um brinquedo bobo que ganhou, ou um inseto novo que descobriu, isso vai indo embora, e mesmo que fique registrado em sua massa cinzenta, você não pode acessá-lo, nem resgatá-lo. E é isso a vida não é? Os fragmentos que nos fazem o que somos hoje. E o único modo que tenho de acessá-los é com esses lixos, essas lembranças, e esses textos que sempre me revelam surpresas da minha própria natureza. Um monte de lixo, é isso que minha vida é. E isso não é ruim, é bom, porque ao menos minha vida é algo, posso dizer, apontando para uma montanha de papel, que aquilo é minha vida, e tenho orgulho disso. Por exemplo, uma carta, que uma vez escrevi, a um tempo distante, a mente guarda a informação que escrevi a carta, o sentimento que tinha, e todo o resto, minha mente não me traiu, acontece que ela também não é perfeita, e não guardou algo que só eu poderia ter guardado, o papel daquela carta, jogado num bueiro numa frustração em não conseguir entregá-la. Fico triste quando perco essas coisas, hoje, com tudo digital, é mais fácil perde-las, deveras ser o contrário, mas acaba não sendo. Muitas das minhas lembranças pessoais de 15 anos em diante foram em forma de e-mail, mensagens instantâneas... mas o cérebro não tem poder de guardar isso. Uma conversa cara a cara dificilmente é esquecida, talvez o conteúdo exato seja, mas a conversa não, o ambiente, a feição no rosto da pessoa, um barulho, a ida de volta pra casa, tudo fica guardado de forma incrível, e que faz você lembrar como foi aquela conversa... mas isso não acontece com um computador, conversas por MSN ou e-mail. É sempre igual, são sempre letras sem feições, sem cheiro, sem toque. Você lembra que brigou, você lembra que conheceu, você lembra muitas coisas, mas não tem certeza do que sentiu. E quase toda essa parte da minha vida se perdeu, junto com meus e-mails do hotmail, ou com os históricos do MSN e do ICQ, junto também com o fórum da Herói. Lembro do Loquito, ou quase isso, e daqueles fanáticos de Harry Potter, lembro de não gostar de Senhor dos Anéis, lembro de falar com pessoas distante pelo ICQ... mas não lembro de quem eu era, não lembro de nenhuma delas, mal lembro os nomes, quem dera as personalidades. É tudo, como a maneira já sugere, muito virtual. É assim que vejo essa época, por começar cedo nesse mundo virtual, e aliar minha fuga do mundo real com minha doença, que me manteve meses em casa, me tornei mais fechado, e aprendi a viver pelas palavras, não mais por mim. E é por isso que o meu ‘lixo’ é tão importante, porque o meu principal lixo, aquele que perdi no momento mais importante da minha vida, na minha época de ‘transição’, foi perdido, e tirando poucos vestígios, nada sobrou, não posso dizer que tenho um bom cronograma na minha vida, não sei que idade começou ou terminou algo, tudo foi perdido por um longo período de afastamento da minha mente. E agora, quero tentar recompensar, não quero mais perder minha alma, minha essência, quero eternizá-la seja da forma que for. E é por isso que escrevo aqui, é por isso que escrevo mais sobre mim do que sobre outras coisas, que escrevo minhas impressões sobre trailers, meus gostos sobre música, minhas revoltas quanto a tudo, porque é o que eu sou, e não quero perder o que eu sou agora, o que eu serei não importa, mas o meu agora sim. Imaginem, só por um momento, eu com 42 (claro xD) anos lendo esse texto? É mais do que uma lembrança do tipo ‘Ele bateu a cabeça, quase morreu, foi horrível, mas você vai ver, daqui uns dias agente está rindo disso’... é a mesma idéia, mas com conseqüências diferentes. Eu não vou apenas ver o que eu era antes, e rir disso, eu vou poder me analisar, me ver com 21 anos, e entender melhor o que aconteceu depois de dobrar esse tempo, e assim, quem sabe, não apenas me sentir mais vivo por resgatar parte de mim, mas também descobrir uma nova forma de viver. E é por isso que digo que esses textos são mais meus que de qualquer outro, eu sei que é legal, ler os comentários que me deixaram, relembrar os amigos que tive, me perguntar o que aconteceu com eles... mas não séria legal, perceber daqui 21 anos, que talvez eu não tenha sido lido, que talvez eu não tenha importância, que talvez eu seja muito ingênuo. Como disse, prefiro a ilusão, para que no futuro não precise questionar as mesmas coisas que me questiono hoje, para que continue registrando minha vida, mas sem o perigo de trazer más lembranças, e que se forem trazidas, que sejam de modos superficiais, e não profundos. Acredito ter me estendido bastante aqui, e gostei disso, acho que pude falar muito do que sentia falta. Mas o propósito desse post não é eternizar minha ideologia, e sim minha sensação nos dias das provas, que faz hoje, uma semana que fiz. Então, continuando... após ter queimado meus neurônios consegui fazer algumas questões, 4 se não me engano, com duvidas grandes no que estava certo e no que estava errado, mas não tinha mais idéias, estava cansado, bem esgotado, e já havia percebido que tinha feito minha parte lá. Entreguei finalmente a prova, ainda meio tonto, andando devagar, tentando me localizar. Não me lembro se fui no banheiro, ou se comprei algo, mas alguns minutos depois de ter saído da prova me senti inesperadamente bem, bem não, a bem dizer do momento, ótimo. Olhei para os dois lados da rua Vergueiro, procurando decidir. “Hoje vou no cinema” pensei, afinal, a prova de Química tinha duração de 1 hora a menos que a de português. Mas não daria certo, ainda sim ficaria tarde e seria chato chegar na casa da minha tia depois das 10 da noite. Pensei, o que então? O Centro Cultura estava fechado... não, eu precisava fazer algo, sentia que a cidade me chamava, não podia ficar ali parado. Vou ir em frente, e logo comecei a andar em direção a Sé. Ainda não sabia o porquê estava indo. Antes de passar em frente a estação Vergueiro finalmente vi um sentido em ir para o lado da Sé que me impedisse de entrar na estação. Ia na liberdade procurar o presente do William. Estava definido. Tinha uma boa caminhada até a Liberdade, de fato, é a Vergueiro inteira para andar, mas quem liga? Foi a segunda mais incrível que já tive, estava saindo de uma prova que definiria meu futuro, que tinha ido péssimo, andando por um lugar meio feio, com um sol horrível, e estava bestamente alegre, liguei para o meu pai avisar que estava indo para liberdade, e depois conversei com a minha mãe sobre a prova, logo já havia passado uma boa parte e já estava na frente do metrô São Joaquim, o que me fez lembrar alegremente o dia da Jedicon, olhei a ladeira que levava até a escola, e minha cabeça continuava cheia de pensamentos alegres, que nem sei quais eram porque não entendia o motivo da minha felicidade, estava esbanjando confiança, cabeça erguida, sabia o que estava fazendo, e não tinha medo de nada. Logo as ruas orientais começaram a aparecer, o teatro Machado de Assis, e a avenida pela qual eu andei até a estação Liberdade para meu pai me pegar, naquele dia, pouco tempo atrás, em que tinha feito a maldita prova da primeira fase. Sim, devo admitir que fui mesmo burro em escolher São Paulo para me inscrever e fazer as provas, mas não, não me arrependo de ter feito isso. Faz parte do ‘plano’ de conhecer melhor São Paulo, de me envolver com a minha decisão e investir nela. Não trocaria isso, mesmo com os gastos e o cansaço. E logo passei pelo Viaduto Guilherme de Almeida, olhando, como uma criança olha para seu novo triciclo, para os carros passando na Radial Leste – Oeste logo abaixo, tudo fluindo sem problemas, sem trânsito, sem buzinas... o longo horizonte ligeiramente visível, os prédios banhados pelo sol, pensei em como seria legal apenas tirar um foto, por nenhum motivo especifico, talvez de eternizar aquela sensação de completa paz interior. Assim que terminei de atravessar o viaduto entrei no Sogo. Deveria estar saturado daqueles olhos puxados malditos agindo como donos de tudo, mas não, fui confiante e subi as escadas em busca da minha missão, logo achei a loja, perguntei educadamente para o jovem imbecil que estava lá: “Vocês tem a antífona de gaea?”. E o incrivelmente competente vendedor: “Humm...” e deu de ombros. Não desisto: “Putz, eu acho que é verde”... e enfim “dá uma olhada nessas pastas aqui”... e então começo a procura. Imaginem a quantidade de pastas e de cartas, e eu lá, virando, parando nas verdes e olhando, por sorte lembrava vagamente do desenho, ou pelo menos minha confiança me dizia que eu lembraria se visse... desculpem a comparação idiota, mas é como se tivesse tomado aquela poção da sorte do Harry Potter... ¬¬... não surpreendente, enquanto o cara atendia um japonêszinho que comprava cartas do Yu-Gi-Oh e que me arrancava estranhos sorrisos de alegria de ver pessoas interagindo tão graciosamente, achei a carta na última pasta, o preço era uns 3 reais mais caro que na Domain, mas eu não sabia onde ficava a dita cuja, e me contentei com a loja de milhares de miniaturas da liberdade, por sinal, ainda compro aqueles bonequinhos do Final Fantasy, pena ser tão caros... mas enfim, após uma espera de uns 2 minutos, enquanto o menino finalizava a compra, que me lembro agora não era Yu-Gi-Oh e sim Pokémon, eu fiquei observando a loja, pensando em pedir ou não uma coca, mas não pedi, já havia gastado demais. Sai ainda feliz, passei por pessoas amontoadas na rua com cara de quem estava no pior dia da vida, mas continuava feliz... era como o Gene Kelly e seu guarda chuva cantarolando e pulando, mas não cantorolava e pulava, e nem tinha chuva... era mais como o Peter Parker no segundo Homem Aranha, ao som de Raindrops Keep Falling On My Head... enfim, já havia feito o que devia. Hora de voltar para Jundiaí? Não, não... não poderia ser... pensei em ligar para o Caio, será que agora ele iria querer fazer algo? Não acreditava nisso, e o fato é que meu dinheiro estava curto para abusar, ainda não desisti. Liguei para o Eduardo, perguntei o que ele queria de presente que não fosse mais que 20 conto e que achasse fácil em São Paulo, bem, quase 5 minutos no celular e ele não decidiu, coitado, ficou sem presente no dia 11, seu aniversário. Ok, não havia mais o que fazer mesmo. Atravessei a rua e me encostei num muro, sentando praticamente, na praça onde tem a estação Liberdade. Fiquei por longos 10 minutos parado lá, olhando o movimento, as pessoas com cara de morte, os japoneses com cara de tontos (existe um que não tenha?) e os jovens com cara de otakus (óbvio)... quase tive um acesso de loucura e vou para o zoológico, mas nada teria lá quando eu chegasse... ok então, desisto, que seja, e voltemos a Jundiaí. Mal dei dois passos na estação e logo um homem me para. Pediu, com honestidade, 4 reais para poder pegar transporte até onde ele morava, para ele e a mulher (apontando para a mulher), nem olhei para a mulher, instintivamente peguei a carteira em busca dos 4 reais, uma coisa que admiro sempre é a bondade das pessoas no que diz respeito a transporte, afinal, não tem coisa pior que ficar preso em lugar desconhecido por falta de dinheiro, acredito que seja por isso que mochilar dá certo. Então não me importei com muito mais coisas e dei 5 reais ao pobre homem, pois não tinha 4 certinho. O dinheiro me fez falta, sim, mas acredito que, se os fins dele eram reais, foram muito mais bem gastos com ele do que seria comigo. Não me despedi antes dele contar algumas coisas e me perguntar outras, em menos de 1 minutos eu sabia sobre sua vida, e ele sobre a minha, e assim nunca mais nos veríamos, com agradecimento e desejo de sorte me despedi, e fui comprar o bilhete do metrô. O horário já era próximo do de pico, e provavelmente o trem na Luz estaria lotado, então vi que estava na hora de por em pratica meu plano infalível: Pegar o trem na Barra Funda. Desci na Sé, fui para a Barra Funda, e de lá embarquei até a Luz, onde todos desceram, e eu sentei, esperando ele começar o percurso de volta. Um homem estava jogando um gameboy advance, bem velho até para a brincadeira, uns 30 no mínimo, e fiquei admirando a cara que ele fazia, as caretas, e a forma como uma criança sempre existe em nós. Mas logo o trem lotou e voltei ao meu estado de solidão coletiva. O sol entrava em todo o trem, e continuava descendo devagar. Ao chegar em Jundiaí, fui direto para a casa do meu amigo, entregar o presente dele. Andei pela cidade tranqüilo, com a habitual nostalgia de passear pela minha terra natal. Chegando em sua casa logo descubro que ele agora tem um cachorro, o que me deixa feliz, sempre achei que as pessoas precisam de bichos de estimação as vezes. Conversas meio dispersas, nada muito a falar, uma sensação de amizade em perigo, um distanciamento, mas no fim, nada que o tempo não resolva, nego, infelizmente, um convite de ir jogar pôquer na casa do Rudi, pois precisava mesmo ir para a casa da minha tia, e não podia deixar para pegar ônibus muito tarde, senão não saberia descer no ponto certo. E enfim vou para o ponto, já quase 8 horas. Encontro com meu tio no ônibus, o que mostra que o dia estava sendo feito conspirando ao meu redor. Chego na casa da minha tia, fico com uma vontade de jogar videogame, mas não jogo, vejo noticias na TV sobre o roubo do Masp, sobre os teatros que teria no Centro Cultural, sobre uma exposição legal, tudo no Metrópoles na Cultura, e depois fico brincando com um cubo mágico, e acabo percebendo que nunca vou conseguir montar um. Enfim, após perder meu tempo vendo o American Pie O Casamento até o fim e achando uma merda completa, vou dormir no sofá mesmo. E assim acaba mais um dia.
E até começaria a falar sobre o outro, mas é desnecessário dizer que já escrevi demais por hoje? Certo? Até a próxima então...
Boa noite e boa sorte...

Ops... sobre o titulo, é de um livro que ganhei da minha irmã, 101 viagens de sonho. Que tem uma introdução supimpa (xD) sobre viajar. E de como a idéia de que a viagem irá nos trazer paz e liberdade é ilusão, mas que precisamos dela para viver. Bem legal, talvez depois faça um ‘edit’ com o texto aqui. Ok? Agora fui mesmo... =P