sábado, 26 de dezembro de 2015

The 29th Anniversary Situation

Bom, acho que esse é o meu primeiro post em dia de aniversário... E também é a primeira vez que, ao invés de ficar emo, esperando vários parabéns ou reclamando que ninguém lembra de mim eu gostaria, verdadeiramente, de estar morto. Talvez não morto no sentido físico, mas ao menos no sentido filosófico. Gostaria de ser apenas uma lembrança para as pessoas, que elas não soubessem da minha existência, que não desejassem um bom futuro. Queria ser uma personagem de ficção, efêmero, vazio, volátil... Não sei... Só sei que não gostaria de existir nesse exato momento. Gostaria de estar em terceira pessoa, observar minha vida sem estar nela... Me sinto mais perdido e desmotivado do que jamais me senti. E quando penso que lugar poderia me fazer sentir melhor, nada, nenhuma ideia, nenhum desejo cruza meus pensamentos... Ninguém nem lugar nenhum... Nem mesmo abraços, beijos, carinhos... Nem mesmo a natureza, o mar, as luzes ou as estrelas... Simplesmente a existência não me apetece mais. Tempos sombrios com pensamentos sombrios... Tomara que esse ano que logo se inicia não seja regado dessa mesma névoa escura que permeia minha cabeça... Espero que esse não seja meu último aniversário...

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

The Life Strikes Back

No clima de Star Wars: O Despertar da Força, o titulo desse post faz todo o sentido.

Afinal, lá em janeiro rolou uma nova esperança, lutei contra o império, contra os rebeldes, contra os robôs, contra os wookies, enfim... lutei contra o mundo todo. Com um sabre de luz multicolorido saí cortando mãos. Cortei as mãos, cortei os pés, cortei as palavras e cortei as promessas. Mas a nova esperança começou a enfraquecer... e quando arriva la notte, e resto solo con me... la testa parte e va in giro in cerca dei suoi perchè... o tirano do império muda as regras do jogo, me abato, me desarmo, mas resisto, vou firme e tento pegar outro caminho numa viagem inter espacial, mas não adianta, o rei das verdades, do planeta USP, me dispara um tiro certeiro antes mesmo do Han Solo sacar sua arma. Atinge o estômago, que inflama e começa a jorrar palavras, dissolver ideais, queimar sonhos... Eu então me escondo, vou para Tatooine, me acolher no calor de suas areias, encontro outros rebeldes procurando o mesmo que eu, mas, como bons rebeldes, eles se dissolvem em um vento de mudanças, secando o que ainda restava de forte em minha alma. Não há mais comida, não há mais água, não há mais esperança...

As sombras aumentam em volta, o planeta parece trocar suas areias por placas de concreto, de metais, de morte e cinzas. Tento usar meu sabre, que não funciona mais... e em novembro já não há mais nada que me reste... irá a força despertar em dezembro?

Já não vejo mais as rosas que um dia exalaram amor,
não vejo mais as árvores que com graça reduziam minha dor.

Vejo em telas e em teclas as mentiras do real,
não encontro nos binários a energia do essencial.

Eu ando sem dar passos,
eu converso sem falar.
Já não sinto o que toco,
já não sou capaz de amar.

Me pergunto, o que eu faço?
Mas fazer não é viver.
Se eu vivo enquanto faço,
Ou se faço sem prazer.

A verdade é que desisto,
não há mais o que dizer.
Toda força que despertar,
irá um dia se romper.

L'amore può allontanarci, 
la vitta poi continuerà

domingo, 16 de agosto de 2015

Nostalgia literária - parte 2

Demorou, mas eis a parte 2... um outro texto que foi um dos primeiros em que tomei gosto por escrever algo fantasioso e mais elaborado. Que tornou as aulas de redação bem mais interessantes...
Eis o texto:

domingo, 9 de agosto de 2015

Nostalgia literária - parte 1

Bom, resgatei vários textos antigos, da minha época da escola... tirando aquele do final alternativo da cartomante, teve outro texto que mudou minha vida... e foi esse que irei colocar 'em original' aqui xD... Lembro da professora elogiando minha escrita, a forma como conduzi a história e tudo mais... essa mesma professora (Marta, de Redação) foi responsável por me abrir os olhos e me tirar aquela escrita de revoltado infantil para um revoltado crítico... o próximo texto não teve elogio de professor nenhum, mas mudou minha forma de pensar as redações e até hoje me agrada a forma como levei a história... mas esse outro fica pra depois... xD

Agora posto aqui o texto A Força de uma Família, segue o link do PDF:

domingo, 12 de julho de 2015

Parole, parole, parole...

Vocês realmente acreditam que eu deixarei o blog morrer?
Para o horror da Keika, sim, eu vou manter ele vivo... xD
E não fazem nem 2 anos da última postagem... na minha opinião, isso é até bem frequente... =P
Bom, vamos atualizar vocês sobre minha vida nesses últimos 'quase' 2 anos então... primeiramente, andei escrevendo tanto que estou quase formatando esse texto nas normas ABNT, e escrevendo os 2 como dois... opa, e não pode usar emoticon, o senhor... hehehe... mas não, infelizmente eu não me formei ainda... pois é... quando gente? Quando? Informo com alegria que só faltam 5 disciplinas... ohhh, então é esse ano? Não... só ano que vem... uma disciplina tranca a outra que tranca o TCC, então, pois é... com sorte ano que vem... oremos! \o/
Mas chega de falar de coisa ruim... a coisa boa é que, como viram, tenho 1 ano e meio para fazer 5 disciplinas... ou seja... liberdade parcial... jogos, filmes, seriados, passeios, fotos, e sim... por que não? Escrever no blog... xD
A maior novidade, creio, vocês já tenham visto... não sou mais um Marinangelo (chupa família)... agora sou um Marinangeli... como assim? Casei com um parente que tinha o nome certo, oras... hehehe... não, não... eu finalmente descobri minhas origens... ano passado, fui até Amandola, uma cidade bem pequena, província de Fermo, região de Marche, na Itália, e encontrei não apenas a certidão de nascimento do meu trisavô, mas também uma joalheria com o nome Marinangeli... é engraçado porque essa joalheria parece que dá vida a tudo... os papeis são tão sem vida... de repente eu mudei de nome mas tá, e dai? O que isso significa? E todas as coisas que já fiz e já assinei como Marinangelo? E então, sempre que vejo Marinangeli eu vejo a joalheria... e vejo tantas outras coisas que nunca aconteceram... de fato vejo um novo eu, com novas ideias, novos futuros... maluco isso, não? Bom... loucura sempre foi meu forte... alias... andei pensando muito sobre o que sou eu afinal de contas... vocês (e falo para todos os milhares de fãs e frequentadores do blog xD) devem ter visto na última postagem o como estava existencial não é? Então... Ano passado foi um ano e tanto... todo esse lance do nome, a maior greve da USP, conturbadas decisões pessoais... e um ano que se iniciou igualmente doido... com os novos bixos do curso, o PIDV (demissão massiva na USP) e a conclusão da retificação para começar o processo da cidadania oficialmente... não dá pra dizer que eu ando dormindo bem nesses últimos meses não é mesmo? Ando sempre tenso, dolorido, sentindo o peso da idade mais do que deveria... e aparentemente passei isso para as pessoas próximas... ou não, mas o fato é que em volta a coisa também está pesada, difícil... cada manhã levanto como se levantasse um peso e continuo arrastando ele até o fim do dia... não vou negar, os últimos 2 dias foram bem mais leves... voltar a jogar e tal me ajudou um pouco a tirar o peso... mas... não está nem perto de ser o que eu poderia chamar de leve... sinto saudades indescritíveis de quando eu pedalava por ai... me enfiava em algum lugar vazio, sem pessoas, só eu e a Emily, sozinho com as músicas do mp3 e o barulho das correntes da Emily... terra, grama, mato, arvores... aquilo parecia me acolher mais do que qualquer abraço... e eis me aqui... num momento decisivo, claro, porque mais estaria postando, não é mesmo? Essa minha mania de exagerar... a Cazuza, como queria ser seu amigo... todas suas verdades... enfim... lentamente fui perdendo o controle de tudo... primeiro minha vida pessoal, que já nunca andou muito bem desde que nasci, né... depois, o trabalho... tentei entrar para algumas coisas, mas acabei caindo apenas na comissão assessora de recursos humanos, e participei de uma congregação que me tirou do sério com a politicagem e os sindicatos... ao mesmo tempo em que comecei a ser cobrado e vi minha paz indo embora, além da minha produtividade ou organização... incapaz, totalmente, de manter qualquer foco... por fim, os estudos... depois de lutar tanto no começo do ano para me formar esse ano me perdi, perdi os estágios e reprovei a matéria que me atrasa tudo agora... ok, eu não iria conseguir concluir  4 disciplinas no semestre que se inicia tendo ainda que apresentar o TCC... depois da dificuldade em fazer um simples projeto, isso era impossivel... e teve um extra, o italiano... sim, comecei enfim o italiano... e comecei como quem começa a coisa mais importante da vida... empolgado, animado, cheio de vontade de aprender... assinei babbel, separei filmes, musicas, mudei idioma dos S.O. (morra Arresta il sistema) e na última semana eu só queria fazer a prova logo e ficar livre... alias, o italiano é a parte mais confusa da minha vida... uma completa montanha russa... e tem momentos em que eu não quero nem saber de ouvir uma única música... uma mistura de fracasso com sei lá o que... e tantas outras coisas... o fato é que não sou um italiano... acho que nunca vou ser... só sou um idiota tentando pegar um passaporte para acreditar numa vida melhor... piada de mal gosto... é triste como as vezes decisões podem ser mal tomadas e em questão de horas tantas coisas vão por água a baixo... nos últimos dias as coisas foram tão caóticas e tantas coisas deram errado que eu queria largar tudo... esquecer completamente essa ideia do italiano e da Europa e ser feliz onde e como der... mas é tão complicado... uma mistura de sonho com orgulho... mesmo as datas da viagem terem dado errado... mesmo o ERESP não abrindo sexta... mesmo minhas férias não podendo ser mudadas... como? Não aguento mais traçar planos, remodelar a vida, ajustar a realidade... tudo desaba e parece que em cima de mim... é egoismo mas putz... eu sei a quantidade de pessoas que estão em condições piores... mas é que no momento... no momento eu sei que se piorasse um pouquinho mais eu não suportaria mais... mais 1 grão de arroz e eu vou ceder... e o pior é que não tem ninguém que eu possa falar isso... alias... outra coisa que fiz, meio loucura meio ato heroico... apaguei o Facebook... era só algo breve, uma semana talvez... mas decidi que não... que quero viver sem isso... quero viver sem ficar falando tudo e deixando que todos saibam da minha vida... quero tentar, por um momento, ver se alguém se importa em perguntar um simples "e ai, como tá? Senti sua falta"... claro... so far, nobody... na verdade, que notaram minha saída mesmo, não passa de 10... e isso já faz umas 3 semanas... quanto mais o tempo passa menos eu quero voltar... estou reaprendendo a viver assim... lembrando que estou sozinho o tempo todo e não é um post e um like (mi piace) que irá mudar isso... então que fique assim... ainda tem o Twitter, o Blog, o Google+ (hahaha, really? xD) que ao menos não me exponho tanto e ainda sinto que, de alguma forma, não estou tão invisivel... mas não nego, tantos momentos em que olho para o celular e não tem nada... Whats, sms, email, nada... a sensação de que ninguém lembra de você... que você é de fato irrelevante... claro, já me senti assim tantas vezes que já deveria ter me acostumado... mas as vezes, quando você precisa ser forte pelos outros, principalmente por aqueles que você ama e tudo a sua volta ruindo... nesses momentos por mais acostumado que eu esteja eu sinto que preciso de algo mais... preciso de um ombro amigo... de uma mão que me puxe... alguém que me escute... mas quem? Aparentemente quem já passou pela minha vida me conheceu a ponto de não me aguentar... aparentemente, esse eu mesmo que luto tanto para manter e tenho orgulho de cultivar, é renegado, pela sociedade e pelos amigos... não importa o que eles prometeram ou o quão ligados eles estão em você... até os que você mais acreditaria, os que parecia, por um momento, que te entendia... não... ninguém entende... e não é um psicólogo que pode explicar isso... toda a base da psicologia se baseia em normas, em padrões, conceitos... eu não busco me encaixar, eu busco alguém que se encaixe... eu não quero me adequar a uma ordem psicológica que a pouco tempo atrás considerava minha homossexualidade uma doença... não, eu sei, não é tão simples... mas, a maioria que acredita numa intervenção terapêutica o faz imaginando que você precisa disso para se enquadrar... porque você não é 'normal'... não... não é por isso que você precisa de uma consulta... e é por isso que eu não vou... já tive alguns motivos pontuais para ir... mas, não, não pelo o que eu sou, não pela minha personalidade ou meus julgamentos... e a vida acaba seguindo... e eu olho para trás e vejo que já superei tanta coisa... coisas que nem percebi o quão difíceis eram... assim como sei o quanto minha coluna dói... gosto de pensar que a dor que sinto e me acostumei é a mesma dor que para alguns é insuportável... gosto de pensar assim porque me faz acreditar que se dói agora, logo irá passar... não porque irá parar de doer... mas porque serei capaz de viver com ela... e é assim que estou agora... por um triz, querendo ceder... mas acreditando que preciso passar por isso... e que se tiver força logo não me incomodara mais... terei conquistado mais uma vitória sobre mim mesmo...
Enfim, sempre assim, não é mesmo? Começar light e ficar pesado no final, para depois cortar o clima e tentar deixar leve de novo... quase uma marca minha... mas... não... dessa vez não estou com forças para animar no final... de fato escrever isso tirou o resto de energia que eu tinha... minha incapacidade de fazer qualquer coisa me sufoca... é como estar em um quarto escuro, amarrado, com pessoas ao seu redor pedindo ajuda e você preso, sem saber onde a pessoa está, sem poder fazer nada, afundando e desejando sumir... 
Um grande queijo para todos.
Boa noite e boa sorte.