domingo, 25 de novembro de 2007

O Magnífico Pôr-do-sol

Bom, eu sei que ninguém leu meu último post... ops... leu sim, o Emerson, porque eu vi ele lendo... enfim...
Hoje eu vi algo que não via a um bom tempo... na estrada, voltando de um pesadelo em forma real... geralmente um espetaculo, hoje, estava além da imaginação... o pôr-do-sol... com tantas cores, formas, tons, sentidos... estava soberbo... a imensidão da vida cobria cada canto que eu olhava, tornando tudo mas, insignificante. É como se fosse parte do que deveria ser, a repugnância e desespero que senti estavam agora sento tomadas pelo poder da grandiosidade.
E então, ao fim de semanas passadas tão agitadas, consagro a decisão que tomei. De repente me vejo numa difícil escolha. Mas não estou com cabeça para pensar na decisão hoje.
Por fim, agradeço um e-mail recém chegado da Juliana, com um texto excelente do Carlos Drummond de Andrade... fica abaixo o ctrl+c, ctrl+v do e-mail... Adeus a todos...

Torcida
Torcia para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai.
Estava torcendo para você nascer perfeito. Daí continuaram torcendo.
Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra, pelo primeiro passo.
Seu primeiro dia de escola foi a maior torcida. E o primeiro gol, então?
E de tanto torcer por você, você aprendeu a torcer...
Começou a torcer para ganhar muito presentes e flagrar Papai Noel.
Torcia o nariz para o quiabo e a escarola. Mas torcia por hambúrguer e refrigerante. Começou a torcer até para um time. Provavelmente você descobriu que tem gente que torce diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano. Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana. Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão. Eles também estavam torcendo para você ser um cara bacana.
Nessas horas você só torcia para não ter nascido. E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido. Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir. E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.
Depois começou a torcer pela a sua liberdade.
Torcia para ficar com a turma, ficar até mais tarde na rua. Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa. Passou a torcer o nariz para as roupas de sua irmã, para as idéias dos professores e qualquer opinião dos seus pais. Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.
Foi quando você começou a torcer pelo seu futuro. Torceu para ser médico, músico, advogado. Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol. Seus pais torciam para passar logo esta fase.
No dia do vestibular, uma grande torcida se formou. Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.
Na faculdade, então, era torcida pra todo lado. Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar pra ela.
Primeiro torceu para ela não ter outro. Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro. Descobriu que ela torcia igual a você. E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho.
Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel. E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida.
Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado alguma coisa. Mas muita gente ainda torce por você!!
Se procurar bem você acaba encontrado.

Carlos Drummond de Andrade.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Vazio do Existir...

Como já dizia o grande mestre Rogério Skylab...
Não que eu goste de matar passarinhos para espantar o tédio do vazio que existe em existir...
Mas de fato, há esse vazio...
Enfim, estou machucado... tropecei nos equívocos, me cortei nas incertezas e tomei vários imprevistos.
O e-mail que o Caio mandou me fez pensar... a loucura de existir me fez andar... enfim as portas do futuro se abriram, mas eu não quis olhar.
Corri, o mais rápido possivel. Não quero ultrapassa-las... nunca...
Mas sempre subo no muro e observo timidamente o que há além daquelas portas misteriosas... cai... novamente me machuquei... cai em cima das esperanças, quebrei a bondade, amassei o amor.
O que é viver?
O grande vazio... e as filosofias? Porque isso me incomoda? Afinal tudo tem lógica em não ter lógica. Então é isso...
Mas o que é isso?
O que sempre foi... o que nunca mudará. O que você sempre soube, e nunca entenderá. Isso é o ar, é o fogo, é a dor, é o amor...
Isso nada mais é... que mais um ator...
Bom, já acabou de upar as fotos então não preciso mais enrolar aqui no blog...
Fui...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Poste do Sono




Cá está o Poste do Sono....
E o Rodrigo pediu pra todo mundo que aqui entrar ir amanhã assistir o Paris Te Amo

Fim

sábado, 3 de novembro de 2007

The Sunday Factor

Acabei de cair novamente em pensamentos obscuros...
Já faz quase 1 semana que o último domingo acabou, mas os pensamentos que ele me trouxe ainda estão vivos e operando continuamente no meu cérebro decrépito.
A cena: Uma rodoviária enorme, um portão, pessoas esperando. Duas crianças, uma menina de aparentemente 10 a 12 anos, e um garoto de uns 8. Irmãos. Um pai, acima do peso, paciente e atencioso. Uma familia típica. Ou quase. Apenas as crianças iriam para o mesmo destino que eu: Indaiatuba. Pais separados. A mãe morando em Indaiatuba, o pai, em São Paulo. Ainda sim todos se davam bem, o pai tinha a liberdade que queria, a mãe tinha a tranqüilidade do interior, e os filhos tinham o amor dos dois. Mas como eu sei? Eu não sei, é apenas um olhar, um gesto e logo tudo está em minha mente, girando, pensando, analisando.
E então, o baque final, a dúvida, a visão.
Poderia ser eu naquela situação.
Minha irmã mais velha que eu, meu pai morando em São Paulo.
Tudo parecia estranho. E finalmente, a pergunta:
Não seria melhor assim?
Poucos entendem a vida que tive, e eu pouco entendo a vida dos outros. Mas o luxo da dúvida não é para poucos, todos tem. E foi ai que eu tive essa dúvida. Será que não teria sido melhor? Será que meus pais não deveriam ter se separado?
Até que ponto isso realmente afeta em nossas vidas?
A resposta é complicada, e acho que impossível saber se ela seria verdadeira.
Mas o momento, a ilusão... a possibilidade de desfrutar de dois mundos... sem problemas, sem brigas, seria possivel?
O que importa?
Afinal, já passou, já se foi, não retornará.
Mas o gosto do momento, o apreço da visão, a marca na mente... isso será para sempre.
É assim que aprendemos como viver a vida. Assistindo.
E espero que eu possa continuar vendo essas programações de primeira.
Desculpem o post estranho. Mas faz bem expor as idéias, a vontade de vomitar os pensamentos. É como poesia...
Mas não sou um poeta...
Então é só isso.
Agradeço.
E adeus.