The Sunday Factor
Acabei de cair novamente em pensamentos obscuros...
Já faz quase 1 semana que o último domingo acabou, mas os pensamentos que ele me trouxe ainda estão vivos e operando continuamente no meu cérebro decrépito.
A cena: Uma rodoviária enorme, um portão, pessoas esperando. Duas crianças, uma menina de aparentemente 10 a 12 anos, e um garoto de uns 8. Irmãos. Um pai, acima do peso, paciente e atencioso. Uma familia típica. Ou quase. Apenas as crianças iriam para o mesmo destino que eu: Indaiatuba. Pais separados. A mãe morando em Indaiatuba, o pai, em São Paulo. Ainda sim todos se davam bem, o pai tinha a liberdade que queria, a mãe tinha a tranqüilidade do interior, e os filhos tinham o amor dos dois. Mas como eu sei? Eu não sei, é apenas um olhar, um gesto e logo tudo está em minha mente, girando, pensando, analisando.
E então, o baque final, a dúvida, a visão.
Poderia ser eu naquela situação.
Minha irmã mais velha que eu, meu pai morando em São Paulo.
Tudo parecia estranho. E finalmente, a pergunta:
Não seria melhor assim?
Poucos entendem a vida que tive, e eu pouco entendo a vida dos outros. Mas o luxo da dúvida não é para poucos, todos tem. E foi ai que eu tive essa dúvida. Será que não teria sido melhor? Será que meus pais não deveriam ter se separado?
Até que ponto isso realmente afeta em nossas vidas?
A resposta é complicada, e acho que impossível saber se ela seria verdadeira.
Mas o momento, a ilusão... a possibilidade de desfrutar de dois mundos... sem problemas, sem brigas, seria possivel?
O que importa?
Afinal, já passou, já se foi, não retornará.
Mas o gosto do momento, o apreço da visão, a marca na mente... isso será para sempre.
É assim que aprendemos como viver a vida. Assistindo.
E espero que eu possa continuar vendo essas programações de primeira.
Desculpem o post estranho. Mas faz bem expor as idéias, a vontade de vomitar os pensamentos. É como poesia...
Mas não sou um poeta...
Então é só isso.
Agradeço.
E adeus.
Já faz quase 1 semana que o último domingo acabou, mas os pensamentos que ele me trouxe ainda estão vivos e operando continuamente no meu cérebro decrépito.
A cena: Uma rodoviária enorme, um portão, pessoas esperando. Duas crianças, uma menina de aparentemente 10 a 12 anos, e um garoto de uns 8. Irmãos. Um pai, acima do peso, paciente e atencioso. Uma familia típica. Ou quase. Apenas as crianças iriam para o mesmo destino que eu: Indaiatuba. Pais separados. A mãe morando em Indaiatuba, o pai, em São Paulo. Ainda sim todos se davam bem, o pai tinha a liberdade que queria, a mãe tinha a tranqüilidade do interior, e os filhos tinham o amor dos dois. Mas como eu sei? Eu não sei, é apenas um olhar, um gesto e logo tudo está em minha mente, girando, pensando, analisando.
E então, o baque final, a dúvida, a visão.
Poderia ser eu naquela situação.
Minha irmã mais velha que eu, meu pai morando em São Paulo.
Tudo parecia estranho. E finalmente, a pergunta:
Não seria melhor assim?
Poucos entendem a vida que tive, e eu pouco entendo a vida dos outros. Mas o luxo da dúvida não é para poucos, todos tem. E foi ai que eu tive essa dúvida. Será que não teria sido melhor? Será que meus pais não deveriam ter se separado?
Até que ponto isso realmente afeta em nossas vidas?
A resposta é complicada, e acho que impossível saber se ela seria verdadeira.
Mas o momento, a ilusão... a possibilidade de desfrutar de dois mundos... sem problemas, sem brigas, seria possivel?
O que importa?
Afinal, já passou, já se foi, não retornará.
Mas o gosto do momento, o apreço da visão, a marca na mente... isso será para sempre.
É assim que aprendemos como viver a vida. Assistindo.
E espero que eu possa continuar vendo essas programações de primeira.
Desculpem o post estranho. Mas faz bem expor as idéias, a vontade de vomitar os pensamentos. É como poesia...
Mas não sou um poeta...
Então é só isso.
Agradeço.
E adeus.
Um comentário:
Muito bom. Post sereno e meditativo.
Sentimento compartilhado. Disso você pode ter certeza: eu entendo.
A vida é um programa de improvisos, um dia pode ser que seja preciso estar no holofote central, no outro somos apenas figurantes... E os papéis não distribuídos de forma antecipada...
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